Novak Djokovic não considera ter jogado “ténis de tirar o fôlego”, mas foi, certamente, com a melhor prestação da semana que o sérvio ultrapassou com sucesso o único encontro da fase de grupos entre dois jogadores do top 5 mundial para dar um passo de gigante em direção às meias-finais do Nitto ATP Finals, em Londres.
Com o objetivo claro de igualar os seis títulos de Roger Federer no “Masters” do circuito masculino (um torneio que o suíço já não ganha desde 2011…), o novo líder do ranking mundial voltou a mostrar as razões que fazem dele o melhor tenista da atualidade, derrotando Alexander Zverev por 6-4 e 6-1.
Aquela que estava a ser uma equilibrada e entusiasmante batalha não demorou muito a tornar-se num duelo de sentido único. E tudo começou, curiosamente, num momento em que o mais novo dos dois tinha um ligeiro ascendente: ao 4-4 do primeiro set, quando o germânico conseguiu forçar o serviço do sérvio para explorar os dois primeiros pontos de break do duelo.
Se o primeiro foi bem salvo por Djokovic, no segundo Zverev teve tempo — muito tempo — e espaço. Desde um segundo serviço fraco, com pouca velocidade e colocação, a um desenvolvimento do ponto que deixou o lado esquerdo do court aberto, num momento em que se preparava para executar aquela que é precisamente a sua melhor pancada, a esquerda, o número 5 do mundo optou por um lob cruzado mal sucedido em detrimento de uma pancada ao longo da linha.
Salvo o segundo break point (não consecutivo), Novak Djokovic acordou e aquilo que tantas vezes se viu voltou a acontecer: o sérvio sugou energias de uma situação adversa para recuperar o foco e atacar de imediato o serviço do adversário, conseguindo com o break para 6-4 a ferida que se revelaria fatal. Desde esse momento, “Sascha” Zverev não mais lhe conseguiu criar dificuldades e o segundo parcial acabou por ser um mero passeio.
Já com duas vitórias (ambas em dois sets) nesta edição do Nitto ATP Finals, Novak Djokovic fica em muito boa posição de se qualificar para as meias-finais. Para isso, basta até que John Isner vença um set a Marin Cilic no duelo de logo à noite; caso contrário, e à semelhança do que acontece no outro grupo, tudo ficará em aberto para a derradeira jornada.