OEIRAS – Numa conferência de imprensa realizada esta terça-feira no Jamor, em Oeiras, Rui Machado foi apresentado como o novo capitão da seleção portuguesa.
874 dias depois de ter anunciado o final da carreira como tenista profissional, Rui Machado regressou à sala anexa ao Centralito do Centro Nacional de Ténis do Jamor. Desta vez, para ser apresentado como o sucessor de Nuno Marques, que no seguimento da vitória frente à África do Sul, 10 dias antes, renunciou ao cargo.
O anúncio foi feito por Vasco Costa, Presidente da Federação Portuguesa de Ténis, que também comunicou a adição de Gonçalo Nicau à equipa nacional da Taça Davis como treinador. A função era exercida por Emanuel Couto, que depois de tomar conhecimento da decisão de Nuno Marques também optou por cessar trabalho.
Enquanto jogador, Rui Machado conquistou 18 títulos Future em singulares, 5 em pares, 8 Challengers em singulares (um recorde nacional) e 1 em pares e chegou ao 59.º lugar do ranking mundial ATP, na altura a melhor classificação de sempre para um jogador português.
Na Taça Davis, foi convocado para 28 eliminatórias e somou 16 vitórias (e outras tantas derrotas) em encontros de singulares, registando ainda uma vitória e uma derrota em pares. A última eliminatória em que participou data de 2015, quando em Viana do Castelo a seleção portuguesa superou a Bielorrússia por 3-2.
“A primeira escolha sempre foi o Rui. Não foi difícil convencê-lo e aliás transmito aqui as palavras que lhe disse [depois do anúncio de Nuno Marques]: ‘penso que já sabes que vais ser tu o selecionador’. Ele disse que não sabia, mas a nossa empatia e a dele com toda a equipa da direção é muito boa e esta era a solução lógica”, afirmou Vasco Costa.
Rui Machado, por sua vez, disse ser “uma honra” assumir o novo desafio. “Representa bastante para mim porque é o reconhecimento do trabalho feito nestes últimos dois anos, pela minha dedicação total desde que me juntei à Federação e porque é um sinal de que confiam em mim e de que acham que tenho o perfil e competências necessárias para ocupar o cargo.”
Quanto a Gonçalo Nicau, considerou ser “um prazer enorme” passar a fazer parte da equipa e revelou que “não foi preciso muito tempo para dizer que sim” ao convite que lhe foi feito pelo colega algarvio, que tal como ele participou na competição enquanto jogador.
A adição dos dois elementos à equipa da seleção nacional da Taça Davis levará a Federação Portuguesa de Ténis a reforçar o grupo do Centro de Alto Rendimento, porque até aqui Rui Machado (como coordenador técnico nacional) e Gonçalo Nicau (como treinador do projeto) desempenhavam as suas funções a tempo inteiro. “Vão passar a viajar menos semanas e isso significa menos semanas de acompanhamento aos jogadores do projeto, pelo que pelo menos um reforço a esse nível vai ter de existir.”
