Cinco anos depois, Fred Gil regressa ao top 400 e já pensa na próxima meta

Com a confiança vêm os resultados e com os resultados os pontos. O raciocínio é fácil de perceber e, sendo o ténis um dos desportos mais justos nesse sentido, o ranking não mente. No caso de Fred Gil, esta segunda-feira traduz-se na melhor classificação dos últimos cinco anos (e mais um bocadinho) e, seguindo a linha de pensamento, acontece na sequência de um bom período por parte do ex-finalista do Estoril Open.

Novo treinador, novo preparador físico, nova motivação. Têm sido tempos de mudanças e muito trabalho que agora estão a dar frutos, ou títulos — só nas últimas três semanas foram cinco (conseguidos com 24 vitórias em 25 encontros disputados) e um mês antes já tinha vencido o Future da Beloura, onde começou esta “nova fase” do sintrense.

A fórmula resulta no que já se vinha a adivinhar: o tão aguardado regresso ao top 400 com a subida ao 398.º lugar do ranking, a sua melhor posição desde o dia 23 de junho de 2013, quando desceu do 394.º para o 400.º posto naquela que seria a sua última semana no top 400.  A esse, seguiu-se um período de descidas acentuadas que o levaram a sair primeiro do top 500 e depois do top 1000, até ao 1.165.º lugar (em setembro de 2014), a sua pior classificação desde agosto de 2003, quando ainda dava os primeiro passos no circuito.

Tudo isso é passado. “Contentíssimo com os resultados mais recentes”, Fred Gil fala com entusiasmo da nova fase que atravessa, aos 33 anos, e que diz ser “fruto de todo o trabalho que tenho vindo a fazer ao longo dos últimos tempos, em que tenho conseguido pôr em prática o que sempre acreditei ser capaz de fazer. Estes resultados também são do Eduardo (treinador), do Rui (preparador físico), da minha psicóloga, da minha família, filha, namorada, amigos, todos eles me ajudam a ser mais completo.”

“Para além da parte técnica, tática e física, o Eduardo tem feito um excelente trabalho de organizar todas as peças e pô-las no sítio, que era aquilo de que eu mais precisava. Para além da parte técnica, tática e física. Os resultados também se devem muito a ele e agora é continuar”, continua o ex-número 1 nacional, que chegou a ser, em abril de 2011, o 62.º melhor jogador do ranking (na altura a melhor classificação de sempre de um tenista português).

E por falar (outra vez) no ranking, o objetivo de Gil passa por continuar a subir. “O próximo goal é entrar nos 350 primeiros e depois apontar para o top 300.”

Como percurso, tem os restantes torneios Future marcados para solo português (Idanha-a-Nova, São Brás de Alportel e Tavira, este último um torneio de 25.000 dólares) e o Campeonato Nacional Absoluto, no Porto. Depois, logo verá, até porque a época já vai longa.

Total
0
Shares
Total
0
Share