Em dia para esquecer, João Sousa despede-se do ATP 500 de Pequim na primeira ronda

Fotografia: USTA/Darren Carroll

Falta de concentração, paciência e assertividade. Há dias assim e esta terça-feira foi um deles para João Sousa, o número 1 nacional (e 43.º ATP) que não conseguiu exibir-se aos níveis desejados e acabou eliminado na primeira ronda do ATP 500 de Pequim, ou China Open.

Vindo das primeiras meias-finais da temporada em piso rápido, nos courts de Chengdu, que aliás lhe valeram a entrada direta neste quadro principal, o tenista vimaranense procurava a segunda vitória da carreira em outros tantos encontros frente ao talentoso Andrey Rublev (68.º), que vinha de uma série de seis derrotas consecutivas. Mas hoje o russo foi melhor — muito melhor — e venceu, por 6-0 e 6-4.

Aquele que se esperava um encontro interessante, em que o ténis ofensivo do russo e a resilência do português podiam encaixar redondamente, rapidamente se transformou numa partida de sentido único (na qual a única exceção foi parte final do segundo set, onde Sousa conseguiu, a espaços, elevar o nível de jogo). Porque de um lado houve, em abundância, o que do outro faltou: concentração, agressividade e eficácia.

Andrey Rublev, o jovem russo que é visto como um dos maiores talentos da nova geração, apresentou-se focado desde o primeiro minuto, enquanto João Sousa nunca conseguiu superar a entrada em falso. Pelo contrário, o português de 29 anos deu cada vez mais armas ao adversário, demonstrando em português e espanhol e por várias vezes um descontentamento que foi aumentando.

Venha o próximo: derrotado à primeira em Pequim, onde só estava inscrito em singulares, João Sousa prepara a participação no Masters 1000 de Xangai, onde muito provavelmente terá de jogar a fase de qualificação (é atualmente o sexto melhor entre os que ficaram de fora do quadro principal). Esta será a quinta presença do pupilo de Frederico Marques na prova, de onde saiu sempre com uma derrota na primeira ronda do quadro principal.

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