29 de setembro de 2013. Há exatamente cinco anos, num domingo tipicamente húmido em Kuala Lumpur, João Sousa escreveu uma das páginas mais douradas da história do ténis português, ao sagrar-se campeão do ATP 250 de Kuala Lumpur, na Malásia.
Os parciais de 2-6, 7-5 e 6-4 sobre Julien Benneteau ficarão para sempre gravados nos registos do ténis nacional. São os rastos para sempre visíveis de um encontro de nervos, impróprio para cardíacos e que por um ponto (a 6-2, 5-4) não caiu para o lado do tenista francês, que entretanto e apesar das 10 finais disputadas terminou (em setembro deste ano) a carreira sem qualquer título conquistado.
Mas hoje é de João Sousa que falamos. Naquele dia, com 24 anos, o vimaranense tornou-se verdadeiramente num Conquistador. Fez o que até ali nunca um português tinha feito (Frederico Gil esteve perto, tendo liderado por 3-0 e 4-2 no terceiro set antes de perder a final do Estoril Open 2010 para Albert Montañés por 6-2, 6-7[5] e 7-5), ao erguer o troféu de campeão de um torneio ATP em singulares, e deu início a um capítulo que continua a ser escrito.
No espaço de cinco anos, o entretanto mais do que consagrado melhor tenista português de todos os tempos disputou 10 finais ao mais alto nível. Delas, venceu três e uma das quais este ano — no Millennium Estoril Open, quando protagonizou aquele que, provavelmente, é o único momento a superar a relevância histórica dessa final em Kuala Lumpur.
São 10 finais, três títulos, muitas outras meias-finais (17, na verdade, uma das quais disputadas precisamente este sábado, em Chengdu) e registos históricos, como a chegada à final do Masters 1000 de Roma, em pares, e à quarta ronda do US Open, em singulares — também em 2018.
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