A aventura de João Sousa (50.º) no quadro principal de singulares do Chengdu Open, um dos muitos torneios ATP que se disputam em solo asiático durante os meses de setembro e outubro, continua. O número 1 nacional, um dos cabeças de série (é o sétimo), entrou mal no encontro mas conseguiu mesmo carimbar a passagem aos quartos de final na jornada desta quarta-feira.
Depois de superar Tim Smyczek numa batalha de quase três horas na primeira eliminatória, o tenista vimaranense de 29 anos voltou a ter pela frente um jogador muito perigoso em superfícies rápidas: o canadiano Vasek Pospisil, número 25 do ranking em 2014 e campeão de Wimbledon em pares no ano anterior.
Apesar de nos dias que correm o tenista natural de Vernon, no Canadá, estar longe dos seus melhores resultados (ocupa o 86.º posto da tabela), o nível de ténis tem vindo a subir gradualmente e esta quarta-feira voltou a comprová-lo: causou muitas dificuldades ao pupilo de Frederico Marques através da colocação de 65% dos seus potentes primeiros serviços e da anulação de nove das 11 hipóteses de break de que João Sousa dispôs.
Ainda assim, e mesmo estando com uma vantagem de um set a zero no marcador, Pospisil viu um Sousa muito aguerrido e que nunca virou a cara aos desafios nem “atirou a toalha ao chão”, o que, aliado ao seu característico espírito guerreiro, resultou numa notável recuperação, com dois match points salvos pelo meio, para vencer ao fim de três sets equilibrados, parciais de 6-7(4), 6-4 e 7-6(0), em novamente quase três horas de maratona (2h53).
A vitória permite a João Sousa aceder aos quartos de final de um torneio ATP jogado em piso rápido pela primeira vez na presente temporada, bem como voltar ao top-8 de uma prova deste nível pela primeira ocasião desde o ATP 250 de Antália, no fim de junho último.
Agora, o melhor tenista português de todos os tempos passa a ter como foco a próxima batalha, que será discutida diante do vencedor do encontro entre o tunisino Malek Jaziri (63.º) e o quarto favorito, o francês Adrian Mannarino (33.º).
