Lisboa – Chegou ao fim uma semana recheada de ténis de elevadíssima qualidade no Lisboa Racket Centre. Entre pontos dignos de registo para posterioridade e momentos onde imperou o drama, a holandesa Lesley Kerkhove (249.ª) foi, sem margem para dúvidas, a jogadora que mais surpreendeu.
Na caminhada até à final, começou por levar de vencida a convidada portuguesa Inês Teixeira, sendo que mais tarde obteve uma impressionante vitória frente à ex-campeã do Estoril Open, Greta Arn. Num misto entre adversárias experientes e jovens promessas, verificaram-se vários denominadores comuns inerentes à eventual vencedora: serenidade, compostura e uma excelente qualidade técnica.
Foram esses os ingredientes que a terceira cabeça de série evidenciou mais uma vez na final deste domingo frente à turca Pemra Ozgen (281.ª). Após uma entrada de rompante que lhe permitiu arrecadar confortavelmente a primeira partida, ainda viu a sua adversária crescer no confronto na fase inicial do segundo set, alcançando uma vantagem de 4-0 no marcador.
Nesse preciso momento, quando tudo fazia prever uma terceira e decisiva partida, a atleta de 26 anos dá um murro na mesa e coloca categoricamente um fim ao ímpeto adquirido pela adversária. Ao cabo de um tiebreak, os parciais finais fixaram-se em 6-2 e 7-6(3), num embate que teve a duração de uma hora e vinte e quatro minutos.
A conquista do Lisboa Women Open representa o quarto título na carreira de Kerkhove, o segundo em solo nacional (venceu o ITF de Albufeira, em 2011).