PALMELA – Quartos de final. Pela primeira vez em 13 meses, o nome de Francisco Cabral está inscrito na antepenúltima fase de um quadro principal de singulares do circuito internacional. Apesar de ter sido já em 2018 que atingiu o seu melhor ranking da carreira (862.º), é nos pares que o portuense mais se tem destacado — mas o Palmela Open pode ser o ponto de viragem.
Vice-campeão nacional em duas ocasiões, Francisco Cabral não escondeu, em declarações ao Raquetc, que “não sendo o meu objetivo final num torneio, é muito bom estar nos quartos de final. Tenho trabalhado e feito por isso mas este ano os resultados em singulares têm demorado a aparecer, às vezes por demérito meu, outras por mérito dos adversários. Foi uma boa vitória, importante para mim e que de certeza me dará confiança para os próximos encontros e também para os últimos meses da época.”
O portuense de 21 anos deixou pelo caminho o compatriota Fábio Coelho já depois de ter passado pelo também português Bernardo Saraiva (quinto cabeça de série) na eliminatória inaugural. E quando questionado sobre o que é que significa defrontar dois jogadores que tão bem conhece, diz tratar-se “de certa forma de um pau de dois bicos.”
“Porque se sinto que sou superior acabo por pôr uma pressãozinha extra em mim, até uma obrigação de ganhar, mas por outro lado também é mais fácil preparar o jogo, porque já sei o que é que vou fazer e o que é que eles vão fazer contra mim, como é que me vão criar dificuldades, porque como eu os conheço eles também me conhecem”, adiantou ainda.
Sobre o duelo com Fábio Coelho propriamente dito, Francisco Cabral admitiu que “estava mais nervoso do que aquilo que achava que ia estar e não consegui reagir muito bem a isso. No início entrei apático, a falhar muito cedo, mas quando me vi mais com a corda na garganta comecei a ter outro mindset, uma espécie de ‘tenho de acordar’, e fiquei mais agressivo e o nível dele também começou a cair.”
Os quartos de final de singulares do Palmela Open jogam-se na jornada desta sexta-feira, e o adversário de Francisco Cabral é Maxime Tchoutakian, o francês que recebeu um wild card e é o quarto cabeça de série. Em pares, o portuense também está em prova e na tarde desta quinta-feira joga, ao lado de Tiago Cação, pelo apuramento para as meias-finais.
