Sem misericórdia, Djokovic chega à 8.ª final do US Open e fica a um passo de igualar Sampras

Novak Djokovic
Fotografia: USTA/Andrew Ong

Em seis meses tudo muda e Novak Djokovic que o diga. Porque se quando voltou aos courts, e Melbourne Park, o sérvio estava rodeado de dúvidas e problemas, agora é outro jogador e está apurado para a segunda final consecutiva em torneios do Grand Slam. É a continuação de um percurso que vem a desenhar há uma década e que esta semana pode conhecer mais um capítulo histórico.

Por duas vezes campeão em Flushing Meadows (a primeira em 2011, a mais recente em 2015), Novak Djokovic partia como claro favorito para as meias-finais. O adversário era Kei Nishikori (finalista em 2014) e os dois entraram em campo já sabendo da desistência de Rafael Nadal, que fez de Juan Martin del Potro o primeiro finalista desta edição do US Open.

Ora, com um registo claramente favorável frente ao tenista nipónico — somava 14 vitórias nos 16 encontros já disputados, sendo que o único encontro entre ambos no US Open tinha acabado com vitória de… Nishikori –, o sérvio de 31 anos entrou em campo decidido, com o leque de pancadas pronto a cortar pela raíz as hipóteses do adversário e extremamente afinado.

De tal forma que ainda o primeiro set não tinha terminado e já se percebia de quem dependia o rumo do encontro. Sempre muito concentrado, Novak Djokovic conseguiu resistir mesmo às investidas mais atrevidas de Kei Nishikori, que não jogou mal mas, simplesmente, enfrentou uma versão muito melhorada do sérvio se comparada com aquele que, facilitou frente a Marton Fucsovics e Tennys Sandgren.

Não foi, por isso, surpreendente ver Novak Djokovic vencer por 6-3, 6-4 e 6-2 ao fim de 2h22, num encontro que não foi particularmente especial (o sérvio só apontou 15 winners e o nipónico 22) mas que fica marcado pela precisão do mais cotado dos dois.

E agora… A final. Pela oitava vez na carreira, Novak Djokovic vai disputar a final do US Open. O Grand Slam norte-americano é aquele onde o sérvio conta com mais decisões, mas também onde já perdeu por mais vezes a um passo do título (foi vice-campeão em 2007, 2010, 2012, 2013 e 2016). Se vencer, o número 6 do mundo iguala o registo de Pete Sampras, que é o terceiro tenista do circuito masculino com mais títulos do Grand Slam (tem 14, só atrás de Rafael Nadal e Roger Federer).

E mais uma vez partirá como favorito: Djokovic não só lidera o frente a frente por 14-4 contra Juan Martin del Potro (nenhuma das derrotas aconteceu em Grand Slams, mas duas delas tiveram lugar em Jogos Olímpicos) como está muito mais habituado a jogar este tipo de finais do que o argentino, que está de regresso a decisões nove anos depois. Na altura, Del Potro fez história ao derrotar Nadal e Federer rumo ao título. Será que repete a façanha e elimina mais um elemento dos Big Four para sair de Nova Iorque com o troféu nas mãos?

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