O dia 5 de junho de 2010 ficará para sempre gravado na história do ténis italiano. Afinal, foi naquela tarde nublada que, em Paris, Francesca Schiavone se tornou na primeira jogadora a conquistar um título do Grand Slam para aquele país. Agora, oito anos depois, anuncia o final da carreira.
Já com 38 anos, a tenista natural de Milão cumpriu os dois objetivos com que sonhara desde pequenina: “Ganhar Roland Garros e entrar no top 10 mundial”. Aqueles 15 dias na capital francesa foram incontornavelmente os mais felizes da sua carreira, mas Roland Garros 2010 esteve longe de ser o seu único motivo de orgulho — até porque no ano seguinte voltou a disputar uma final, perdendo para Li Na.
Ex-número 4 mundial, posição que atingiu em janeiro de 2011, Francesca Schiavone despede-se do circuito WTA com 614 vitórias (mais 224 em pares) e um total de 8 títulos em singulares 7 em pares.
Venceu a Fed Cup em três ocasiões (2006, 2009 e 2010), foi a vários Jogos Olímpicos e tornou-se num verdadeiro ícone para o ténis italiano, partilhando o estrelato numa geração de ouro com Flavia Pennetta, Roberta Vinci e Sara Errani, que a ajudaram a elevar o ténis feminino transalpino ao nível do que, em tempos, também o masculino conseguiu fazer.
Mas a ligação à modalidade que tanto lhe deu e dela recebeu não deverá ficar por aqui. Na conferência de imprensa em que anunciou o fim da carreira de tenista, em pleno US Open, Schiavone disse que tem “vários sonhos” para o resto da sua vida e um deles é ser treinadora, profissão que, inclusive, já começou a explorar.