O US Open é mesmo um torneio especial para Juan Martin del Potro. Pela terceira vez na carreira, o tenista argentino está nas meias-finais do último Grand Slam da temporada, a prova onde tem sido de longe a mais bem sucedido no que toca aos quatro torneios mais importantes da temporada.
Campeão da edição de 2009 e semi-finalista na última edição, o número três mundial chegava aos quartos de final sem ceder qualquer parcial e com o primeiro grande obstáculo pela frente, o gigante norte-americano, John Isner, tenista que enfrentava pela 12.ª ocasião na carreira, somando já 7 triunfos contra 4 desaires.
Num embate que se esperava equilibrado e dominado pelos respetivos servidores, foi a forma física que acabou por fazer a diferença. Se a torre de Tandil tinha tido um percurso tranquilo até esta fase, o jogador de 33 anos tinha ultrapassado dois encontros a 5 sets e em 4, tendo apenas vencido de forma direta no embate de estreia.
Mais fresco e teoricamente já favorito à vitória, del Potro cedeu pela primeira vez um parcial, mas não deixou escapar a vitória, vencendo o embate disputado sobre condições de muito calor e humidade (levou mesmo a uma interrupção de 10 minutos no fim terceiro set) por 6-7(5), 6-3, 7-6(4) e 6-2 em mais de 3h30.
Além do fator físico, os índices de serviço foram cruciais em todos os sets, com o primeiro e terceiro a ser órfão de quebras, ao passo que o segundo e quarto tiveram três, todos a favor do mais cotado dos dois tenistas.
Encontrado o primeiro semi-finalista do quadro masculino, del Potro poderá vir a reencontrar Rafael Nadal pela quarta vez nos últimos cinco Grand Slams (US Open de 2017 e Roland Garros e Wimbledon de 2018). Até ao momento ainda não conseguiu derrotar o espanhol, falando claro está dos três mais recentes embates. No entanto, para que o duelo se volte a repetir, o número 1 mundial tem de ultrapassar Dominic Thiem durante a madrugada desta quinta-feira.
