Em 2017, o fator surpresa ajudou-a a entrar para a história ao conquistar, perante o olhar atento de milhares milhões de compatriotas, o seu primeiro título em torneios do Grand Slam. Um ano depois, já não há surpresas — mas Sloane Stephens parece não precisar delas: está novamente nos quartos de final do US Open e de olhos postos no troféu.
Como tenista mais cotada ainda em prova, é natural que Sloane Stephens receba ainda mais atenção (e, consequentemente, pressão) de cada vez que entra em campo. E fazendo-o no Artur Ashe Stadium, o maior estádio do mundo, ainda mais… Mas ela está a lidar bem — muito bem — com tudo o que a rodeia: se na véspera tinha deixado pelo caminho Victoria Azarenka, na madrugada desta segunda-feira passou com distinção pela belga Elise Mertens (6-3 e 6-3) para regressar aos quartos de final.
Fácil? Nem por isso, mas a forma como a tenista natural de Plantation, na Flórida, se tem exibido transparece uma calma perfeitamente capaz de enganar os mais distraídos. Porque Stephens está a jogar como se não houvesse um prémio de 3,5 milhões de dólares em jogo — aquele que há um ano a fez soltar um grito de espanto! –, um dos troféus mais desejados do circuito e, secretamente, o confirmar de que o que aconteceu há um ano não foi fruto do acaso.
Até agora, está a dar-se muito bem. E, já nos quartos de final, tem razões para estar confiante. Mas a confiança de nada servirá se não passar do próximo desafio, em que tem pela frente Anastasija Sevastova. É depois, numas eventuais meias-finais, que pode chegar o verdadeiro teste, caso Serena Williams também ultrapasse o seu encontro de amanhã.
