Às três da manhã e em lágrimas, Andy Murray selou o regresso a quartos de final

Late night tennis — a sério. Depois de muita chuva, foi preciso jogar-se até bem tarde em Washington e Andy Murray que o diga: eram 3h01 quando o tenista britânico concluiu o seu encontro e, em lágrimas, celebrou o regresso a quartos de final do ATP World Tour mais de um ano depois.

Se a vitória frente a Kyle Edmund, na segunda ronda, já tinha sido muito celebrada, a da madrugada desta sexta-feira deixou o ex-número 1 mundial em lágrimas. Afinal, teve de trabalhar muito para vencer o romeno Marius Copil (93.º), por 6-7(5), 6-3 e 7-6(4), num encontro que começou às 23h59 e terminou às 3h01 de Washington. E agora segue-se… Alex de Minaur, estreante em quartos de final de ATP 500.

O duelo não foi, claro, o mais bonito da carreira de Andy Murray. Mas foi, muito possivelmente, aquilo de que o britânico de 31 anos — nos dias de hoje número 832 do mundo — mais precisava. De luta, de sofrimento, de se superar a si próprio e aos momentos de aperto para sair por cima de uma longa batalha e perceber que ainda o consegue fazer.

Foi, também, o “fecho” mais tardio da sua carreira, o que não é de estranhar dado tão raras serem as jornadas que se concluem às três da manhã. De tal forma que nas bancadas estavam já muito poucos espetadores — cerca de uma centena –, corajosos ao ponto de acompanharem o duelo até ao fim.

E terá valido a pena para quem ficou, porque pôde ver o bicampeão olímpico e por três vezes campeão de torneios do Grand Slam a superar um dos testes mais duros da sua carreira e a acabar em lágrimas. As imagens falam por si:

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