Lesões, frustrações e outras que tais. Os últimos 15 meses da carreira (e vida) de Novak Djokovic foram um verdadeiro calvário, ao ponto até do regresso ao mais alto nível estar seriamente em risco. Até agora. Porque este domingo o tenista sérvio voltou aos grandes resultados ao derrotar Kevin Anderson em pleno Centre Court para se sagrar campeão do torneio do Wimbledon.
6-2, 6-2 e 7-6(3). São estes os parciais que ficam para a história como aqueles que deram a Novak Djokovic o seu quarto troféu de campeão no All England Club, depois dos sucessos de 2011, 2014 e 2015.
1.ª ronda: Tennys Sandgreen
2.ª ronda: Horacio Zeballos
3.ª ronda: Kyle Edmund
4.ª ronda: Karen Khachanov
Quartos de final: Kei Nishikori
Meia-final: Rafael Nadal
Final: Kevin Anderson
O trajeto de Novak Djokovic comprova aquilo que ao longo dos últimos dias já se vinha a afirmar: ele está mesmo de volta. Porque não só voltou a exibir-se ao seu melhor nível — foi o próprio Rafael Nadal quem o disse, reconhecendo-lhe todo o mérito pela vitória nas “meias” — como regressou a finais de torneios do Grand Slam (a última tinha sido no US Open de 2016) como, mais de dois anos depois, aos títulos.
Na verdade, esta é a primeira vez que Novak Djokovic conquista um Major desde que, em junho de 2016, completou o chamado Grand Slam de carreira (vencer todos os torneios pelo menos uma vez na carreira).
Uma vitória que só foi possível graças ao elevado nível de jogo a que se apresentou, uma vez mais, na grande decisão deste domingo. Porque com um Kevin Anderson vindo de dar cartas nas rondas anteriores, e super motivado, do outro lado, essa era a única solução.
O triunfo foi alcançado após uma exibição de excelente nível por parte do tenista natural de Belgrado, mas que também coincidiu com um sul-africano menos inspirado e eficaz face aos anteriores embates. Os parciais acabaram por refletir bem o que se passou no Centre Court e a experiência de Novak Djokovic a este nível foi uma ajuda clara no momento da decisão, principalmente no 3.º set, onde teve de salvar 5 set points.
Número do azar? Talvez sim, talvez não. O que é certo é que em plena sexta-feira 13 Novak Djokovic iniciou aquela que seria uma vitória épica nas meias-finais e este domingo chegou aos 13 títulos conquistados em torneios do Grand Slam, um número até aqui só alcançado por outros três jogadores no circuito masculino: Roger Federer (20), Rafael Nadal (17) e Pete Sampras (14).
Anos depois, e cada vez mais, o domínio dos Big Three na história do ténis continua a ser uma realidade. E, a apresentar-se como o fez durante as duas últimas semanas no All England Club, é bem possível que Novak Djokovic ultrapasse Pete Sampras e faça do top 3 um verdadeiro Top Big Three.
