O dia em que, separados por uma lesão, os irmãos Bryan foram espetador e campeão de um Grand Slam

Fotografia: AELTC/Ben Solomon

Estamos habituados a vê-los lado a lado, um com a raquete na mão esquerda, o outro na direita. Nascidos no mesmo dia, tornaram-se, entretanto, na melhor dupla de todos os tempos, muito devido às 16 vitórias que conseguiram em torneios do Grand Slam. 

Este sábado, porém, a história foi diferente: com Bob (o canhoto) lesionado, Mike Bryan (o destro) foi o único dos Irmãos Bryan a ir a jogo. O resultado, esse, aquele a que tanto se habituou — campeão de Wimbledon.

Depois de uma sexta-feira 13 de loucos, que deu origem as duas meias-finais épicas na variante de singulares (cada uma com mais de 5h de jogo), também o encontro decisivo de pares masculinos foi inesquecível: Mike Bryan e Jack Sock derrotaram Raven Klaasen e Michael Venus por 6-3, 6-7(7), 6-3, 5-7 e 7-5, num encontro que se prolongou por 3h39 e terminou por volta das 22h de Londres.

Primeiro os factos, agora a história: apesar de serem os dois campeões de Wimbledon (Mike venceu por três vezes com o irmão e Sock com Vasek Pospisil, em 2014), esta parecia uma vitória muito provável de acontecer. Porque depois de perder na primeira ronda de Roland Garros ao lado de Sam Querrey, o mais novo dos irmãos Bryan partilhou a tristeza que sentiu por não jogar ao lado de Bob:

“Se ele não conseguir regressar vou ter de decidir se o quero continuar a fazer sem ele. É muito mais divertido quando estamos juntos e a verdade é que esta semana me senti um bocadinho sozinho. É como se me faltasse metade de mim próprio. Somos um só pacote e essa é uma das razões pelas quais jogamos há tanto tempo. Se ele não puder continuar eu provavelmente vou fazer o mesmo.”

Felizmente para ele, e para Sock, foi a jogo. E fê-lo até ao fim, saindo do All England Club com mais um troféu. Agora, os currículos de Bob e Mike Bryan ficam declaradamente diferentes (até aqui, separavam-nos um par de troféus em torneios de categoria inferior, porque até em pares mistos, com outras parceiras, tiveram resultados semelhantes: triunfos em todos os Grand Slams menos no Australian Open, onde nunca passaram dos quartos de final).

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