Era quase impossível ter pedido uma melhor segunda meia-final. Novak Djokovic voltou às grandes vitórias ao derrotar Rafael Nadal em 5 sets para se apurar para a final de Wimbledon pela quinta vez na carreira.
Longe de convencer e de exibir o seu melhor ténis até chegar ao All England Club, o ex-número 1 mundial conseguiu finalmente fazê-lo. No final do encontro, em declarações feitas à organização, o tenista sérvio falou da vitória, uma vitória que lhe faz lembrar tudo o que passou nos últimos meses.
“É difícil escolher palavras. Neste momento só me vem à cabeça o que passei nos últimos 15 meses, passei por muito para estar aqui. Ganhei ao melhor jogador do mundo num dos mais longos encontros da minha carreira, é incrível”, disse visivelmente emocionado Djokovic, que não esconde que a partida poderia ter caído para qualquer lado.
“Foi muito especial, podia ter caído para qualquer lado. Foi demasiado óbvio que muito poucas coisas separaram-nos. Até à última pancada não sabia se ia vencer, mas acreditei. É por este tipo de jogos que tu vives e trabalhas”, reconheceu.
O duelo teve a particularidade de ter sido disputado em duas partes. A primeira na sexta-feira e a segunda este sábado. Este motivo levou a que a noite fosse de muito sobressalto. “Consegui dormir qualquer coisa, se é que se pode dizer assim. Tinha a adrenalina muito alta e não é fácil relaxares e estares calmo”, admitiu.
Na final, o adversário será Kevin Anderson. Tal como Djokovic, também o sul-africano passou por uma maratona para chegar à final. Sobre esse encontro, Djokovic preferiu não adiantar muito, acabando por brincar um pouco com a situação.
“Espero que consigamos jogar (risos) visto que tivemos encontros muito longos. Ele teve um dia livre, coisa que eu não tive, mas estou a tentar neste momento digerir esta vitória depois de tudo o que passei”, concluiu.