O duelo entre Novak Djokovic e Rafael Nadal a contar para as meias-finais de Wimbledon é o mais aguardo da jornada desta sexta-feira que tem como principal objetivo encontrar os dois finalistas masculinos que disputarão o mais ambicionado troféu no domingo.
Toni Nadal, um dos responsáveis técnicos pelo seu sobrinho Rafa e confesso admirador de Djokovic, dedicou um artigo no El País ao jogador sérvio, onde conta como foi a primeira vez que o viu a competir e se desfaz em elogios ao seu ténis praticado.
“Vi o Djokovic pela primeira vez em 2005, precisamente em Wimbledon. Foi numa vez em que estava a atravessar a zona de treinos para ir ter com o Rafa, que esperava por mim no balneário. Dei uma olhadela no encontro em que estava a jogar o Juan Monaco, no court 18, vi o jogo por 15 minutos e perguntei quem era o jovem que estava do outro lado”, recordou o tio do número um mundial.
“Quando entrei no balneário disse ao meu sobrinho que tínhamos um problema, que tinha visto um tenista muito bom. Um jogador assim, como os que marcam a história de qualquer desporto, avisam com tempo porque têm algo mais, que o olho habituado vê à primeira”, escreveu o técnico de 57 anos.
Quanto ao ténis do ex-número 1 mundial, Toni Nadal não tem dúvidas que é de altíssimo nível, ao ponto de afirmar que não encontra pontos fracos. “O Novak não tem pontos fracos: é tão capaz de atacar como de defender. Antecipa muito bem, uma excelente visão de jogo e é o melhor do mundo a responder. A sensação quando o vês jogar é que lhe sobra sempre tempo”, prosseguiu.
Por fim, sobre o tão aguardado embate da presente jornada, Toni Nadal afirma que não será fácil para o seu sobrinho, mas que nunca duvida da sua capacidade de luta para bater o tenista de Belgrado.
“A meia-final de hoje só confirma o meu aviso de 2005. No entanto, confio, como confiei sempre, na capacidade do meu sobrinho se impor. O desafio será enorme e a rivalidade é mais do que conhecida”, concluiu o maiorquino.
