E assim, num piscar de olhos, Roger Federer está nos quartos de final de Wimbledon e a apenas três triunfos do nono título no All England Club. Para trás deixou um Adrian Mannarino de duas caras: se iniciou o encontro completamente apático, soube mais tarde recompor-se forçando o campeoníssimo a correr quando tudo fazia prever um passeio calmo pela relva londrina.
Foi precisamente esse o foco principal das declarações de Federer após o término do duelo. “Sabia que ele era muito melhor que aquele primeiro set e penso que ele mostrou isso. Depois fui capaz de anular um bom Mannarino, porque no início ele não jogou muito bem e no que me toca eu também não falhei muito”, começou por analisar, citado pelo website oficial da prova.
“Penso que foi um interessante início de segundo set. Foi crucial para ele manter-se no encontro e não me entregar a dianteira logo de inicio porque tive 0-40 nesse primeiro jogo. Ele podia ter ganho esse set e aí a disputa seria diferente”, continuou, aludindo aos três (com mais um nas vantagens) break points que dispôs a abrir a segunda partida.
A verdade é que a resistência do adversário gaulês foi sol de pouca dura. Federer segue em frente e revela-se bastante satisfeito pelo sucesso que tem vindo protagonizar num torneio que lhe é tão querido. “Fiquei muito feliz com este encontro e por estar de volta à segunda semana”, confessou concluindo.
Com apenas três pinceladas, “Picasso” criou mesmo uma obra de arte
A previsão de Mannarino tornou-se real. “O Federer é definitivamente um artista. Se ele é um Picasso, talvez eu também seja um artista — mas um muito menos conhecido. Não me posso comprar ao estilo dele, seria arrogante”, contou, humilde, antes de testemunhar de perto a obra que Federer tão habilmente desenhou.
A 15th quarter-final in his last 16 appearances at #Wimbledon@rogerfederer brilliant record at The Championships continues… pic.twitter.com/lzlO67uJof
— Wimbledon (@Wimbledon) 9 de julho de 2018