O “velho” Ernests Gulbis (138.º) parece estar de volta, e em força. Antigo semifinalista de Roland Garros (2014) e ex-número 10 mundial (junho de 2014), o letão qualificou-se este sábado para os oitavos de final de Wimbledon pela primeira vez na carreira, ao bater o alemão Alexander Zverev, em cinco partidas, naquela que foi a sua maior vitória dos últimos anos.
Contudo, em conferência de imprensa, Gulbis admitiu que foi um rude golpe não ter conseguido fechar a terceira partida quando serviu a 5-3. “Não esperava ganhar o encontro depois de perder o terceiro set, tendo até servido para o fechar. Mas depois, a certa altura, ele foi-se abaixo fisicamente e eu joguei muito melhor na parte final, joguei de forma mais inteligente”.
Quando questionado sobre de onde é que vem este momento de forma, o letão de 29 anos respondeu com as sessões de trabalho que tem realizado e, também, com o facto de ter chegado ao All England Club já com bastante ritmo adquirido em Roehampton. “Vem dos treinos e da fase de qualificação, onde registei algumas vitórias”, afirmou, recordando que também ultrapassara o qualifying de Roland Garros. “Passei a qualificação em Paris — não há muitos jogadores que consigam fazer isso em Paris e em Wimbledon, porque não é fácil. Mas quando consegues, é algo que dá confiança”.
Na segunda-feira, dia 9, Ernests Gulbis regressa ao court para medir forças com o japonês Kei Nishikori, em mais um duelo que deverá ser muito disputado. Porque tudo indica que o “velho” Gulbis veio para ficar. E isso pode ser um problema para quem lhe aparecer do outro lado da rede.
Este domingo, recorde-se, cumpre-se o tradicional dia de descanso em Wimbledon.