Alison Van Uytvanck está a ser uma das figuras da 132.ª edição de Wimbledon. Aos 24 anos, a tenista belga está pela primeira vez na terceira ronda do quadro principal de singulares, e o apuramento aconteceu com uma vitória… Frente à campeã em título.
Por isso, não foi de estranhar que a sala de conferências de imprensa tenha enchido para ouvir aquela que minutos antes eliminara Garbiñe Muguruza. E o assunto das eliminações foi, claro, referido — afinal, pelo caminho em 4 dias ficaram 30 dos 64 cabeças de série.
Nas palavras da belga, número 47 do ranking mundial, “qualquer um pode derrotar qualquer um num dia bom, sem dúvida. Continuo a achar que o nível dos jogadores e jogadoras de topo é superior aos dos que o seguem, mas sem dúvida que num dia bom tudo pode acontecer.”
E vai mais longe, destacando que “por sermos os underdogs não temos nada a perder e sabemos que temos de subir o nosso nível de jogo e dar tudo para ter uma hipótese, o que ajuda a explicar que estejam a haver tantas eliminações [de cabeças de série].”
Já sobre o encontro com Garbiñe Muguruza, que concluiu com uma reviravolta, Alison Van Uytvanck não tem dúvidas de que “se não tivesse atacado tanto o jogo dela não teria hipóteses. Ela é uma jogadora muito agressiva e se a deixasse jogar o jogo dela teria perdido de qualquer forma, por isso pensei ‘vou tentar isto e se funcionar talvez tenha hipóteses’.”
E funcionou mesmo: nos dois últimos sets, a jogadora holandesa foi muito mais agressiva e tirou espaço a Garbiñe Muguruza, que reduziu o número de pontos ganhantes e foi forçada a pensar demasiado.
Na próxima ronda, Van Uytvanck vai ter Anett Kontaveit como adversária e as parecenças entre a estónia e a espanhola são tantas que a tática será, à partida, semelhante: “Ela é obviamente uma boa jogadora, que também bate bem do fundo do court, serve bem e é bastante agressiva, portanto acho que vou ter de tentar ser agressiva outra vez ou então variar muito o jogo.”