A 2.ª edição do Setúbal Open será um torneio que Pedro Araújo dificilmente esquecerá. Com apenas 16 anos, o jovem que representa e treina na Escola de Ténis Jaime Caldeira fez a sua estreia no circuito profissional no torneio setubalense e, com quatro vitórias, a última delas no quadro principal, conseguiu alcançar o sempre tão desejado primeiro ponto ATP da carreira.
A semana no Clube de Ténis de Setúbal foi de total novidade e tudo o que foi alcançando ao longo dela não foi diferente. O saldo? Cinco encontros e quatro vitórias, algo que estaria longe de imaginar o mais recente futuro representante luso no ranking mundial.
“Sendo o meu primeiro Future é óbvio que não esperava chegar tão longe mas acredito sempre em mim e sabia que era capaz de fazer um bom torneio”, contou-nos Pedro Araújo, confessando que a opção de se estrear esta semana no torneio de categoria Future foi com o intuito de, além de ganhar ritmo, aumentar o nível de exigência no que toca à competição.
“O objetivo era ganhar algum ritmo pois estive lesionado recentemente. Também [era] perceber o nível destes torneios, que tenciono começar a jogar mais regularmente a partir de agora, porque também sei que já tenho nível para jogar com muitos destes jogadores e são estes torneios mais fortes que nos fazem evoluir”, constatou.
Ganhar o primeiro ponto ATP numa idade tão jovem pode perfeitamente levar um atleta a exceder demasiado as expectativas para o futuro, mas o tenista nascido em 2002 prefere moderar o discurso apesar da importância que este marco tem na sua ainda (muito) curta carreira. O caminho é longo e Pedro sabe-o perfeitamente.
“Foi bastante bom e importante para mim, e sendo no meu primeiro Future melhor ainda, mas não quero dar demasiada importância a isso. Foi só o primeiro passo. Ainda há um longo caminho a percorrer”, afirmou o lisboeta.
A aventura no 10.º Future da temporada disputado em Portugal terminou com uma derrota frente ao terceiro cabeça de série, Benjamin Lock. Sendo a primeira vez que defrontou um tenista que já anda nestas andanças há muito tempo, foi fácil perceber um dos aspetos que faz a diferença a este nível.
“Foi uma boa experiência, ele era um bom jogador. O serviço dele fez uma enorme diferença, pois senti que de fundo conseguia disputar bem os pontos, só que tive muitas dificuldades a responder ao serviço e penso que isso fez a diferença no jogo”, apontou o pupilo de Jaime Caldeira, que diz que os objetivos futuros passam por evoluir e jogar mais regularmente a este nível.
“O meu objetivo é chegar a um alto nível no profissionalismo e nesta fase tentar evoluir e tentar ser cada vez melhor e isso passa também por jogar torneios cada vez mais fortes”, encerrou o jogador luso, confidenciando ainda que é em Novak Djokovic que tem a sua preferência no que toca aos ícones da modalidade.