Queen’s Club: Marin Cilic volta a celebrar mais de um ano depois

Está encontrado o grande vencedor do ATP 500 do Queen’s Club: Marin Cilic colocou um ponto final no longo jejum de mais de um ano sem conquistar qualquer título ao sagrar-se na tarde deste domingo campeão do histórico e prestigiante torneio londrino que serve de preparação para Wimbledon.

A disputar precisamente a sua primeira final desde o Australian Open, o ex-número três mundial terminou com chave d’ouro um torneio em que atuou a um excelente nível, após recuperar de uma desvantagem no marcador para levar de vencida Novak Djokovic, 22.º ATP e antigo líder da hierarquia, por 5-7, 7-6(4) e 6-3, em praticamente três horas de batalha.

O frente-a-frente era claramente favorável ao tenista de Belgrado (14 triunfos nos 15 embates entre ambos), mas desengane-se quem pensava que tal facto poderia ter um efeito negativo sobre Cilic: é que o croata de 29 anos, campeão no Queen’s Club em 2012 e vice-campeão das edições de 2013 e 2017, sente-se como “peixe dentro de água” na relva do mítico clube inglês e Djokovic já havia alertado que o seu adversário estaria a jogar o melhor ténis da vida.

E, na verdade, o duelo foi quase todo ele bastante equilibrado. No primeiro set, foi inclusivamente o atual sexto colocado da tabela quem dispôs primeiramente de pontos de break (teve seis a seu favor — três deles consecutivos), só que o sérvio soube anular essas desvantagens que enfrentou e depois, ao cabo do 12.º jogo, quando Marin Cilic servia para levar o parcial inaugural ao tiebreak, quebrou o serviço deste ao terceiro set point para se adiantar no marcador.

Embalado pela posição de liderança na final e decerto mais confiante e motivado para “fechar o assunto”, Novak Djokovic, que não perdeu um único set rumo à final, voltou a estar muito atento aos momentos chave do encontro numa segunda partida com menos oportunidades de quebra de serviço (só houve duas, e foram a seu favor) e que acabou por desembocar inevitavelmente num tiebreak: aí, contudo, o mais credenciado dos dois protagonistas não foi capaz de aproveitar um ligeiro deslize do primeiro cabeça de série quando este último serviu no início do desempate e viu tal situação pagar-se cara com a perda do parcial e consequente remissão da discussão para um terceiro e decisivo set.

Na “negra”, tudo ficou sentenciado à passagem do quinto jogo: após dois parciais taco a taco, o terceiro foi a exceção à regra e acabou por ser Cilic quem se revelou mais fresco física e mentalmente, especialmente no seguimento do desfecho favorável do segundo parcial, para conquistar assim o seu segundo título no Queen’s Club e negar a festa a Djokovic, que recebeu um convite de última hora para jogar no mítico clube londrino e ia em busca do primeiro troféu em quase um ano (o último que ergueu foi no ATP 250 de Eastbourne, também em solo inglês e sobre relva).

Este domingo é, portanto, naturalmente de felicidade para o atleta nascido na Bósnia-Herzegovina, que aumenta o currículo com a conquista do primeiro título da temporada e 18.º título no cômputo geral à passagem da sua 32.ª final, seguindo agora para Wimbledon com muito ritmo competitivo e bastante confiança, além de “sentado” no quinto posto (irá trocar de lugar com Grigor Dimitrov).

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