342 dias. Foi este o tempo que Andy Murray precisou de esperar para poder voltar a competir no circuito, ele que enfrentou uma longa e dolorosa paragem devido a uma lesão na anca que se foi agravando. Agora, é o 156.º do ranking graças aos pontos que ainda tem de Wimbledon. Mas diz que isso não é o mais importante e até considera não ir ao All England Club.
As declarações foram feitas esta terça-feira, dia em que se estreou na edição de 2018 do Fever-Tree Championships — o ATP 500 do Queen’s Club, no qual é recordista de títulos e que marca o seu regresso ao circuito. “Não vou descartar jogar em Eastbourne e não jogar Wimbledon. E também não vou descartar não jogar um torneio na próxima semana e tentar fazer alguns jogos num de exibição para me preparar para Wimbledon.”
Mais do que surpreendentes, as declarações do tenista britânico de 31 anos reforçam o que já se sabia: que Andy Murray está disposto a fazer de tudo para poder competir, como se habituou a fazer, no circuito. Mesmo que isso signifique falhar o “seu” grande torneio, onde já venceu por duas vezes. A principal razão, claro, é o facto de os Grand Slams se jogarem à melhor de cinco sets.
Para já, são apenas hipóteses. Porque, como o próprio diz, “preciso de esperar e ver o que é que acontece nos próximos dias. Como é que me vou sentir amanhã, nos próximos dias e depois falar um pouco com a minha equipa, porque neste momento não sei o que é que será melhor para mim.”
No meio de várias dúvidas, e hipóteses — ou vai a jogo em Eastbourne, torneio que não conta com a sua presença desde 2006, ou numa exibição como o The Boodles, prestigiado evento não oficial que antecede Wimbledon, ou opta por descansar –, apenas uma certeza: o encontro desta terça-feira, frente a Nick Kyrgios, deixou muito boas indicações.