Num vídeo publicado nas redes sociais do Fever-Tree Championships, Nick Kyrgios tinha deixado o aviso: desejava tudo de bom a Andy Murray, um dos seus melhores amigos no circuito, neste regresso à competição… Mas só depois do histórico torneio do Queen’s Club.
E o australiano “cumpriu”.
Naquele que foi o primeiro encontro do ex-número 1 mundial desde 12 de julho de 2017, há exatamente 342 dias, os espetadores que aderiram em massa a uma sessão de loucos em Londres viram muito bom ténis ao longo das 2h39 de jogo, que culminaram na vitória por 2-6, 7-6(4) e 7-5 por parte do tenista australiano.
Se até esta terça-feira o estado e regresso de Andy Murray não mais era do que uma grande incógnita, com o (grande) duelo frente a Nick Kyrgios muitas das dúvidas desapareceram: apesar de ainda estar limitado, sobretudo pela mais que natural falta de ritmo competitivo, o melhor tenista britânico das últimas décadas está pronto para o regresso.
De tal forma que esteve perto de vencer o encontro. Mas já lá vamos. As boas indicações começaram a ser dadas logo nos primeiros instantes, quando teve de salvar três break points em dois jogos para se manter a par e passo no marcador. E continuaram a chegar ao quinto jogo, em que Murray quebrou para iniciar a construção de um parcial que viria mesmo a vencer.
Depois, no segundo set, o equilíbrio foi maior e foi mesmo Kyrgios quem acabou por levar a melhor, no tiebreak. Parecia ser esse o desfecho do terceiro e último parcial, sobretudo depois de Andy Murray desperdiçar um precioso ponto de break ao 10.º jogo, mas no momento certo o tenista australiano conseguiu pressionar o saque do britânico e “abrir a ferida” que no jogo antes evitara. O break aconteceu e o encontro terminou. Não com o resultado desejado pela grande maioria do público, que torcia pela vitória do por cinco vezes campeão, mas com motivos suficientes para que este recebesse mais uma grande ovação.
Ao que parece, ele está mesmo de volta.