Na manhã de sexta-feira aqueceu, depois de almoço treinou e um dia depois confirmou: 11 meses depois, Andy Murray vai regressar ao circuito ATP já na próxima semana. O britânico, que superou uma longa ausência devido a uma lesão na anca (que o forçou, inclusive, a uma cirurgia), estará em casa: o regresso acontecerá no Queen’s Club, onde já ergueu por 5 vezes o troféu de campeão.
No treino, que foi transmitido em direto através do Facebook oficial do ATP 500 britânico ainda durante a manhã, não foi possível observar com grande pormenor o tenista de 31 anos, sobretudo porque serviu, essencialmente, de sessão de aquecimento. Só à tarde, com o compatriota Cameron Norrie e já sem as câmaras por perto, é que Murray praticou, realmente, de forma semelhante àquela que terá de fazer daqui para a frente.
E os relatos foram positivos: de acordo com os jornalistas britânicos presentes no local, o ex-número 1 do mundo perdeu o set e deu alguns sinais de falta de ritmo sobretudo na pancada do serviço, mas não terá apresentado dificuldades de maior na zona que realmente deixava dúvidas: a anca a que foi operado em janeiro deste ano.
Assim, Andy Murray considera estarem reunidas as condições para disputar o seu primeiro encontro oficial em 11 meses e vai a jogo na relva do Queen’s Club, sendo, naturalmente, uma das grandes figuras de cartaz da primeira edição do torneio enquanto Fever-Tree Championships.
Uma montanha por escalar
Esta semana, o bicampeão olímpico deixou o top 50 mundial pela primeira vez desde fevereiro de 2006: não jogou em Paris e, por isso, falhou a defesa dos 720 pontos relativos às meias-finais alcançadas em Roland Garros há um ano. Mas a tabela classificativa estará longe de ser a principal preocupação do britânico, até porque de Wimbledon para a frente nada terá a defender — que é o mesmo que dizer que sempre que entrar em campo durante um ano estará a ganhar pontos.