Marco Cecchinato tem todas as razões e mais algumas para sair desta 122.ª edição de Roland Garros com aspirações de continuar a brilhar pelos courts desse mundo fora.
Chegado a Paris sem nunca ter vencido sequer um encontro em quadros principais de torneios do Grand Slam, este italiano de 25 anos só parou nas meias-finais, deixando pelo caminho tenistas como Pablo Carreño Busta, David Goffin e Novak Djokovic.
Mas esta sexta-feira, e depois de ter oferecido muita resistência nos dois primeiros sets, Cecchinato ficou sem gasolina no depósito e viu Dominic Thiem selar o apuramento para a final com parciais de 7-5, 7-6(10) e 6-1.
“Se tivesse vencido o segundo set [teve 3 set points], creio que o terceiro teria sido totalmente diferente. Mas depois de o perder, fui-me abaixo física e mentalmente, o que é normal pois disputei vários encontros”, salientou o (ainda) 72.º classificado da hierarquia mundial, em conferência de imprensa.
“Foi um torneio especial para mim. Joguei dois sets de grande nível, hoje, frente ao Dominic Thiem. O meu nível exibicional é muito bom neste momento e isso é algo que me deixa muito feliz”, sublinhou.
Cecchinato verá esta magnífica prestação no Grand Slam parisiense refletida no seu ranking já na segunda-feira, quando surgir no 27.º posto. O objetivo é, naturalmente, subir mais e mais. “Todos estes embates foram muito importantes para mim, mas preciso de continuar a trabalhar para alcançar o top 20 ou o top 10. Falarei com a minha equipa técnica [para definir novas metas] e continuarei a trabalhar para chegar ao top 20”, destacou.
Para já, todavia, há um merecido descanso. O regresso ao trabalho vem depois, já de olhos postos na época de relva. “Preciso de descansar uns dias e depois talvez jogue em Eastbourne antes de Wimbledon. Com o novo ranking, o meu calendário será diferente. Depois de Wimbledon, jogarei em Umag [ATP 250] e Hamburgo [ATP 500]”, informou.
Na memória de Marco Cecchinato ficará para sempre guardada esta edição de Roland Garros. “Acho que durante todo o encontro de hoje gritava-se ‘Força, Marco’ no court Philippe-Chatrier. E eu estava a defrontar o Thiem, que é um tenista do top 10, mas hoje estavam todos a torcer por mim”, referiu.