Rafael Nadal continua imparável e encontra-se a ‘apenas’ duas vitórias do 11.º titulo em Roland Garros. O grande favorito à vitória em Paris encontrou pela frente um Diego Schwartzman absolutamente endiabrado que foi capaz vencer o set inaugural do encontro (o maiorquino não cedia uma partida nesta prova desde 2015).
Neste duelo referente aos quartos de final do Major parisiense, existiu um Nadal antes e depois das paragens forçadas pela chuva que se fez sentir no recinto. No momento da primeira pausa, o espanhol ia protagonizando uma exibição incaraterística, produzindo um misto entre excessivos erros não forçados e bolas demasiado curtas.
Esta instabilidade permitiu ao talentoso jogador argentino exibir toda a imensa qualidade que lhe é reconhecida. Pequeno, mas possuidor de uma potência e garra imensurável, o 12.º classificado da hierarquia mundial saiu na frente após um primeiro set pautado pelo equilíbrio. Na segunda partida, dois breaks contra um nos primeiros cinco jogos colocavam-no de novo em posição de vantagem para alcançar o 2-0.
Foi nesse preciso momento, com o atleta mais cotado a demonstrar extremas dificuldades em contrariar o ténis do adversário, que a chuva decide descer dos céus e salvar o campeoníssimo de 32 anos. A água que escorria na face e corpo de Nadal lavou todas as inseguranças que o assolavam. O jogador que surgiu dos balneários 50 minutos depois era um homem renascido, um ’touro’ pronto a dar espetáculo na sua arena.
A retoma do confronto ficou marcada por duas quebras consecutivas por parte do número um mundial. Mais tarde, a servir para a igualar a contenda, nova precipitação abate-se sobre o Court Philippe Chatrier. Desta vez visivelmente mais forte, o adiamento do embate para o dia seguinte torna-se inevitável.
Às 11:15 horas portuguesas desta quinta-feira os protagonistas entraram mais uma vez em court para finalmente decidirem o próximo semifinalista. Desta vez com uma noite inteira para refletir sobre as incidências da tarde anterior, Nadal retorna decidido a não dar azo a surpresas. Dominante a assumindo inequivocamente o controlo da disputa, não só fechou o segundo set (faltavam jogar-se dois pontos), como arrancou a fundo pelos dois seguintes.
Quatro breaks divididos pelas duas últimas partidas permitiram ao campeão de 2017 prosseguir o sonho de mais um triunfo naquele que é o seu Grand Slam favorito. No final, o marcador apresentava os parciais de 4-6, 6-3, 6-2 e 6-2, ao cabo de 3h47min.
Nadal — que ainda desconhece o próximo obstáculo — aguarda agora o desfecho do encontro entre Marin Cilic e Juan Martin del Potro, do qual resultará o último semifinalista de Roland Garros. O terceiro e quinto cabeças de série, respetivamente, defrontam-se à hora da elaboração deste artigo e o marcador exibe 2-1 em sets a favor do jogador argentino.
