Dominic Thiem, senhoras e senhores. Se à entrada para Roland Garros recaíam várias dúvidas sobre o tenista austríaco atendendo à “carga extra” a que se submeteu em Lyon (torneio ATP 250 que venceu com várias maratonas nas pernas), agora está a provar-se um verdadeiro destrói-narrativas e a solidificar ainda mais o estatuto de candidato.
Tudo pelo ténis que o atual número 8 do ranking ATP está a apresentar em Paris, como se viu no duelo deste domingo em pleno Court Philippe Chatrier (um dos maiores do mundo) frente a Kei Nishikori. O resultado? Parciais de 6-2, 6-0, 5-7 e 6-4 que explicam, sem ser necessário recorrer a muitas mais palavras, o domínio do jovem austríaco.
É certo que não se defrontavam há dois anos, e que o momento de ambos é, agora, bem diferente, mas Thiem passou de um registo de 0-4 em sets frente ao nipónico para uma forma demolidora, apoiada num ténis muito consistente e estudado para criar as dificuldades necessárias a um Nishikori que aqui procurava os seus terceiros quartos de final (2015 e 2017). E por pouco não fechou a tarefa num terceiro set que abriu a quebrar.
Se à entrada para Roland Garros, e mesmo com todas as dúvidas criadas pela participação em Lyon, já era visto como um dos principais candidatos ao título, o que dizer depois desta exibição?
Dominic Thiem voltou a mostrar aquilo de que é capaz num “dia sim” e, apesar de ainda faltar, só se pode olhar para ele como o grande rival de Rafael Nadal nesta edição do Major francês — até porque o austríaco já derrotou o “Touro” espanhol em três ocasiões, todas elas em terra batida e uma delas já este ano, nos quartos de final de Madrid. Há um ano, no entanto, o atual número 1 do mundo arrasou (6-3, 6-4 e 6-0) para chegar à final deste mesmo torneio, deitando por terra todas as expetativas de se assistir a um grande encontro.
Teremos de esperar para ver, até porque primeiro há a disputar os quartos de final (frente ao vencedor do duelo entre Alexander Zverev e Karen Khachanov) e, eventualmente, as meias-finais. Só depois chega o derradeiro encontro, aquele em que, por estarem em metades opostas do quadro, se podem enfrentar.