Novak Djokovic aterrou em Paris determinado a regressar definitivamente ao patamar que fez dele um dos maiores ícones do ténis mundial, mas a verdade é que, depois de duas vitórias em sets diretos, a sua campanha em Roland Garros foi dificultada ao máximo esta sexta-feira graças a Roberto Bautista Agut, que complicou e muito a tarefa ao ex-número um antes deste triunfar em quatro partidas na terceira ronda.
Com aquele que foi o seu primeiro grande e real teste pela frente esta semana em Paris, o tenista sérvio de 31 anos, 20.º pré-designado e número 22 mundial, até começou de forma bastante positiva o duelo contra o seu adversário espanhol, ainda de luto pela morte recente da sua mãe, e teve inclusivamente a oportunidade de se adiantar com dois sets a zero de vantagem no marcador no tiebreak do segundo parcial.
Porém, Bautista Agut, que é atualmente 13.º do ranking e o 13.º cabeça de série desta 122.ª edição do Major francês, soube anular essas chances de Djokovic (com algum desaproveitamento do ex-número um mundial pelo meio, é certo) para colocar tudo empatado. A partir daí, quando se poderia pensar que o sérvio iria deixar-se afetar, sucedeu precisamente o contrário: o jogador dos Balcãs tomou a dianteira de grande parte das incidências do duelo para conquistar uma importante vitória pelos parciais de 6-4, 6-7(6), 7-6(4) e 6-2.
A hard fought win.@DjokerNole tops Bautista-Agut 6-4 6-7(6) 7-6(4) 6-2 for his place in the R16.#RG18 pic.twitter.com/pO7qTpFdHP
— Roland-Garros (@rolandgarros) June 1, 2018
Depois de um set inaugural decidido com um break crucial no 10.º jogo, precisamente quando Agut servia para não perder essa primeira partida, o segundo parcial contou com uma quebra de serviço para cada lado (Djokovic logo no segundo jogo adquiriu uma vantagem que seria devolvida pelo espanhol no sétimo jogo) e, portanto, acabaria por ser encaminhado para um desempate fundamental no desenlace dos acontecimentos.
Aí, seria Bautista Agut, que liderou sempre o tiebreak (teve 3-0, 4-2 e 6-4 de vantagem), quem prevaleceria nos detalhes após alguns erros do atleta de Belgrado, que descarregou toda a sua fúria na raquete, nos últimos pontos e empataria a contenda com um parcial para cada lado.
Novo set, novo tiebreak: numa terceira partida atípica que registou três quebras de serviço para cada um dos protagonistas, Djokovic desforrou-se do desempate anterior e assumiu desde o começo o comando das operações, acabando assim por, desta feita, ser ele a imperar para voltar a liderar o encontro.
“Encostado às cordas”, o jogador natural de Castelló de la Plana tentou de tudo e cada vez mais agarrou-se aos pontos para que, pelo menos, pudesse forçar um quinto e decisivo parcial no seu confronto contra o antigo líder da tabela ATP. No entanto, o campeão de 2016 do Grand Slam parisiense estava por cima e, psicologicamente mais tranquilo face aos ascendente que ganhara e a subir de nível com o avançar do embate, acabou então por sentenciar o seu compromisso com muito mais facilidade no quarto set.
Obtido um duro mas decerto saboroso triunfo, Novak Djokovic segue então para a quarta eliminatória do maior torneio de ténis do mundo realizado sobre terra batida, na qual terá pela frente o sempre difícil espanhol Fernando Verdasco (35.º ATP), 30.º cabeça de série e responsável pelo afastamento do quarto favorito, Grigor Dimitrov (5.º), em apenas três partidas.
