Depois do melhor arranque de sempre na terra batida, João Sousa não conseguiu manter a forma e foi, esta terça-feira, afastado na primeira ronda do quadro principal de Roland Garros. Se ainda tem o quadro de pares por disputar, esta derrota significa o fim da representação portuguesa em singulares.
Embalado pelas boas semanas nos Masters 1000 dos Estados Unidos da América, o número 1 nacional tinha começado como nunca a prestação no pó de tijolo: foi semi-finalista em Marraquexe e, depois, campeão no Millennium Estoril Open. E antes de chegar a Paris ainda terminou o Masters 1000 de Roma como vice-campeão de pares, um resultado inédito na história do ténis português.
Pelo que o regresso a Roland Garros era aguardado com natural expetativa, até porque o sorteio ditara que em caso de vitória defrontaria o “Rei” de Paris, Rafael Nadal, na segunda ronda. Mas o nível a que João Sousa se apresentou na capital francesa esteve longe de ser o das semanas anteriores e o número 48 do mundo acabou por ser derrotado pelo argentino Guido Pella em três sets, parciais de 6-2, 6-3 e 6-4.
O encontro tinha sido “arrastado” da jornada de segunda-feira para a desta terça devido à chuva que tem perturbado a ação em Roland Garros. E nem com a interrupção o pupilo de Frederico Marques conseguiu encontrar o ‘remédio’ para passar pelo sul-americano, que esta semana aparece na 78.ª posição da tabela ATP. Sempre muito frustrado com a falta de soluções, João Sousa despede-se, assim, na primeira ronda pela primeira vez desde 2014 (tinha chegado à segunda eliminatória nos últimos três anos).
Em Paris, o vimaranense tem apenas por disputar o quadro de pares, onde volta a unir forças com Leonardo Mayer, com quem passou uma ronda no Australian Open. Depois, será tempo de abordar as superfícies relvadas, onde vai disputar um total de três torneios já contando com a participação em Wimbledon. A esses, deve seguir-se o habitual regresso curto à terra batida (uma fase da época em que tradicionalmente consegue bons resultados).