Cinco anos depois, Rafael Nadal volta a morder o troféu do Masters de Roma, conquistando o torneio romano pela oitava vez na carreira e juntando assim mais um título ao seu vasto palmarés em torneios de terra batida.
Indiscutivelmente considerado o melhor jogador sobre o pó de tijolo de todos os tempos, o tenista maiorquino tinha a difícil tarefa de destronar o campeão em título, Alexander Zverev, tenista que vinha atravessando o melhor momento da temporada ao somar 13 triunfos consecutivos com dois títulos pelo meio, o último deles no Masters de Madrid.
Apesar de estarem separados por apenas uma posição no ranking mundial, o facto do jogo ser disputado em terra batida colocava Rafael Nadal como claro favorito, ele que apresenta um incrível registo de 91,9% de vitórias sobre esta superfície, discutindo em Roma a sua 48.ª final em torneios Masters.
Se estes dados já eram relevantes o suficiente, também o frente a frente entre os dois era claramente favorável ao espanhol. Nos quatro encontros que disputaram foi sempre Nadal a sair por cima, o último deles este ano na eliminatória entre Espanha e Alemanha a contar para o Grupo Mundial da Taça Davis, onde o tenista de 31 anos venceu por três sets sem resposta.
Tal como nessa ocasião, Nadal voltou a ganhar, mas desta vez cedeu um set para derrotar o jovem de 21 anos por 6-1, 1-6 e 6-3 e vencer assim o 32.º título em Masters, reforçando o recorde de conquistas em torneios desta categoria, ele que é ‘perseguido’ de perto por Novak Djokovic, que detém 30 troféus.
No encontro em si foi o jogador de Maiorca que começou a liderar o marcador, adaptando-se melhor às condições, o que lhe permitiu vencer o primeiro parcial de forma clara, com duas quebras de serviço a fazerem a diferença. O alemão viria a responder na mesma moeda, cedendo apenas um jogo na segunda partida para levar a final para a negra.
O terceiro set teve início logo com um break para Zverev e também com a chuva que se começou a fazer sentir, o que obrigou minutos mais tarde a parar o encontro numa altura em que o número 3 mundial liderava por 3-1. A interrupção demorou 10 minutos e os jogadores voltaram a jogar, mas por pouco tempo, pois mal Nadal reduziu, o árbitro da partida encaminhou os jogadores para o balneário.
Passada mais de meia hora, o tempo deu tréguas e os dois jogadores voltaram ao court. Se quando o jogo foi interrompido era o alemão que tinha o momentum, quando se reiniciou foi Nadal que soube gerir melhor, aproveitando o maior ‘adormecimento’ do germânico para passar para a frente logo com um break a abrir e seguir esse embalo para os jogos seguintes, que lhe permitiram levantar o oitavo troféu em Roma.
Conquistado o 78.º título da carreira, Nadal recupera o lugar cimeiro do ranking mundial e segue para Roland Garros com muita confiança, ele que procurará vencer o 11.º título em Paris e o 17.º Grand Slam da carreira.