Do primeiro título ATP ao regresso ao CIF, Taro Daniel explicou tudo na conferência de imprensa

LISBOA – Enquanto no panorama nacional Pedro Sousa é o jogador que mais se destaca esta semana no CIF – Clube Internacional de Foot-Ball (afinal, vem do título no Braga Open), do ponto de vista internacional há um nome no qual recaem todas as atenções. E é o de Taro Daniel, o japonês que chega a Lisboa na ressaca da conquista do primeiro título ATP.

E se o título (e embalo) ganho em Istambul poderia servir de catapulta para uma estreia tranquila no torneio português, a verdade é que Taro Daniel viveu uma tarde difícil. Outra vez, porque tal como em 2017 enfrentou um João Monteiro “endiabrado” que lhe dificultou e muito a vida, só conseguindo ganhar em dois tiebreaks e mais de duas horas de jogo.

Razão pela qual, em conferência de imprensa, o atual número 84 do ranking ATP teceu muitos elogios ao jogador portuense: “Hoje foi muito difícil. Ele joga muito bem, sobretudo nestas condições em que as bolas estavam a ‘voar’ muito — o court é muito rápido para um court de terra batida. Para mim também é bom, mas foi difícil controlar o ritmo. Ele jogou melhor do que eu mas consegui estar melhor nos pontos importantes, onde ele falhou muito mais.”

“Ele tem muito boas pancadas, é muito sólido e tem um bom toque. É um jogador muito talentoso e quer este, quer o encontro do ano passado foram muito difíceis por isso acredito que ele se vai dar bem no futuro”, afirmou ainda Taro Daniel, que aos 25 anos atravessa o melhor momento da carreira.

Mas a pergunta que hoje se impunha era outra: porquê Lisboa e um torneio Challenger depois de, na mesma semana que João Sousa, conquistar um torneio de nível ATP? “Queria jogar o Masters 1000 de Roma mas este ano o cut-off estava muito forte, por isso pedi ao Manuel (de Sousa) um wild card de última hora e ele disse que sim. Não queria ficar duas semanas sem jogar depois de viver um bom torneio.

Com o título, é natural que Taro Daniel passe a sonhar com ‘outras alturas’, mas o triunfo não deixou em Istambul a humildade do número 2 japonês, que apesar da boa fase deixa o aviso: “É claro que me quero dar bem, mas como podem ver ganhar um ATP não significa que os Challengers de repente sejam fáceis. Continuam a ser muito difíceis e na quinta-feira jogo com o Lukas Rosol, que costumava ser top 40, portanto vai naturalmente ser um encontro difícil, especialmente nestas condições rápidas.”

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