A humildade está, uma vez mais, a dar frutos: Kei Nishikori, que esteve lesionado com gravidade no pulso e falhou mais de quatro meses de competição, decidira regressar ao circuito com calma e muita, muita humildade, tendo por isso optado por provas Challenger de forma a ganhar ritmo. Agora, está novamente a jogar ao mais alto nível e este sábado carimbou o apuramento para a final de um dos torneios mais importantes do calendário, o Masters 1000 de Monte Carlo.
Este sábado, dia de meias-finais que eram muito aguardadas, o tenista nipónico (atual número 36) sobrepôs-se ao alemão Alexander Zverev, terceiro classificado no ranking, ao fim de uma longa batalha, que só após 2h13 conheceu o vencedor, graças aos parciais de 3-6, 6-3 e 6-4.
Para Kei Nishikori, esta é uma vitória histórica porque lhe dá novamente a possibilidade de se tornar no primeiro jogador do Japão a conquistar um torneio de categoria Masters 1000: falhou-o em Madrid 2014, naquela que tinha sido precisamente a sua primeira final em provas deste escalão no pó de tijolo (no cômputo geral, a última nesta superfície ocorreu em fevereiro do ano passado, em Buenos Aires), e para o fazer desta vez terá de roer o osso mais duro entre todos os que estavam em Monte Carlo.
Isto porque o derradeiro adversário de Nishikori em Monte Carlo dá pelo nome de Rafael Nadal. Um tal espanhol que aos 31 anos lidera novamente o ranking ATP e que está a destruir sem qualquer tipo de “pena” todos aqueles que se atravessam pelo seu caminho. Não só isso, como a construir uma série até aqui nunca vista: são já 34 os sets ganhos de forma consecutiva naquela que é a sua superfície de eleição.
E se o japonês procura o primeiro título nesta categoria de torneios, o espanhol procura o 11.º só em Monte Carlo. É, por estas e muitas outras razões, uma final que promete.
Clay with a capital Kei!
🙌💪🇯🇵@keinishikori defeats Alexander Zverev 3-6 6-3 6-4 to reach his first #RolexMCMasters final. pic.twitter.com/BH2ftVPE79
— Tennis TV (@TennisTV) 21 de abril de 2018