PORTO – Frederico Silva tem razões para estar satisfeito. Afinal, este ano já conquistou dois títulos em singulares e chegou a uma outra final. E esta quarta-feira entrou a ganhar na época de terra batida, ao levar a melhor num duelo 100% português no Cascais NextGen Tour do Porto.
À conversa com o Raquetc depois de somar a 16.ª vitória do ano, o número 295.º do mundo revelou que “já estava a prever que não ia ser um jogo nada fácil porque nos conhecemos muito bem e o Francisco [Cabral] tem estado a jogar bem. Ele entrou bastante melhor do que eu e jogou muito bem, enquanto eu demorei um bocadinho a habituar-me. Foi o meu primeiro jogo em terra batida e já sabia que não me ia sentir assim tão confortável em campo.”
Por isso mesmo, o caldense diz que o seu nível “ainda está um pouco aquém daquele em que gostaria de estar em terra batida, mas é um processo que como tudo leva o seu tempo, porque a adaptação a uma superfície não acontece de um dia para o outro.” Feitas as contas, este foi o primeiro encontro que Frederico Silva jogou no pó de tijolo nos últimos seis meses (o último acontecera em Hammamet, onde terminou o ano devido a lesão).
Como momento chave do encontro, o pupilo de Pedro Felner destacou a reta final da primeira partida, já depois de recuperar de um break de desvantagem (1-4 em jogos): “Acho que foi no tiebreak que joguei o meu melhor ténis. Aqueles sete pontos [só perdeu um em oito jogados] foram os meus melhores e gostei muito da forma como joguei. Aliás, já tinha estado a jogar bem nos momentos importantes nas últimas semanas”, como comprova o seu registo no último torneio — até à final no Lisboa Racket Centre não perdeu um único set.