A norte-americana Madison Brengle apresentou esta segunda-feira um processo judicial contra a WTA (Associação de Ténis Feminino) e a ITF (Federação Internacional de Ténis) onde alega uma “administração abusiva do programa anti-doping”. Tanto a jogadora como o seu advogado já emitiram publicamente comunicados que visam esclarecer o caso.
Na queixa em questão consta que as autoridades submeteram repetidamente Brengle a testes anti-doping de natureza intravenosa, apesar de a própria ter comunicado que padece de uma condição rara (Síndrome Complexa de Dor Regional do Tipo 1) cujos sintomas são acionados aquando da inserção de agulhas no corpo.
Nas palavras do representante legal da tenista, foram ignoradas todas as evidências medicamente comprovadas relativamente à existência da referida condição, tal como não foi apresentada qualquer alternativa em termos de procedimento. Como consequência, a sua cliente viu-se obrigada a desistir de vários torneios, tendo mais recentemente apresentado danos permanentes como inchaços e fraqueza no braço do serviço.
Já Brengle, descreve este processo como “um esforço para que as pessoas que controlam o desporto que amo percebam que os jogadores não são ‘mercadoria’ e que devem ser tratados com respeito e dignidade”, não deixando de adjetivar a situação como “intolerável” e apelando a uma maior intervenção por parte dos atletas em matérias que concernem a saúde e segurança.