Não há volta a dar: nos próximos tempos, muito se falará da reforma que a Federação Internacional de Ténis (ITF) tem planeada para a Taça Davis. E o capitão da seleção alemã, Michael Kohlmann, é um dos críticos dos planos liderados pelo Presidente David Haggerty, como aliás deixou bem claro este sábado.
Tudo aconteceu depois do encontro de pares épico que terminou com a equipa visitante, a Alemanha, a “agarrar” a vantagem frente aos anfitriões, a Espanha, à entrada para o último dia dos quartos de final do Grupo Mundial. É que Tim Puetz e Jan-Lennard Struff levaram a melhor sobre os bem mais experientes e titulados Feliciano López e Marc López ao fim de, prepare-se, 4h40, com os parciais de 6-3, 6-4, 3-6, 6-7(4) e 7-5.
Se os parciais e a duração já transparecem, de forma relativamente suficiente, o quão especial e inesquecível foi este encontro, o ambiente que se fez sentir (e ouvir) na Praça de Touros de Valência do primeiro ao último ponto só o reforça.
E foi precisamente por todos estes ingredientes se terem juntado num só prato que Michael Kohlmann terminou o dia com uma mensagem simples, mas suficientemente esclarecedora, dirigida ao Presidente da ITF: “Saudações ao David Haggerty, isto é a Taça Davis”.
Em causa está, recorde-se, a vontade do responsável máximo pela federação — e seus dirigentes — em transformar o Grupo Mundial da Taça Davis numa única semana de competição, no mês de novembro, ao invés do atual formato, que divide o “grupo” principal em quatro momentos: a primeira ronda, em fevereiro; os quartos de final, em abril; as meias-finais, em setembro; e a final, já em novembro.
Nos últimos dias, também o francês Lucas Pouille se pronunciou (novamente) sobre o assunto, deixando bem claros os seus planos caso a transformação da prova vá em frente.