Se há “miúdo” maravilha que se apresenta de forma constante em court, esse miúdo é Alexander Zverev. O alemão pode ter apenas 20 anos, mas já joga como gente grande e esta madrugada voltou a fazê-lo para chegar à final do Masters 1000 de Miami, a sua terceira em torneios da categoria em menos de um ano.
Desta vez, o adversário era Pablo Carreño Busta, uma das estrelas confirmadas para o próximo Millennium Estoril Open e que na Flórida lutava pelo maior título da carreira. E porque o espanhol vinha a jogar muito bem, o alerta estava acionado.
De tal forma que Alexander “Sascha” Zverev entrou desde o primeiro instante determinado em fazer a diferença e, com a ajuda de 10 ases e um total de 78% de pontos ganhos com o primeiro serviço, o conseguiu mesmo. Primeiro num tiebreak, porque Carreño não se dá por vencido e lutou até às últimas, e depois num set mais descontraído, onde o germânico fez valer o poderio físico que tanto trabalha — é essa, aliás, a razão que aponta ao início de época sempre um pouco aquém das expetativas, pois diz precisar de se “adaptar ao novo corpo”.
E assim, com os parciais de 7-6(4) e 6-2, Alexander Zverev chega à terceira final em torneios Masters 1000 num período inferior a 12 meses. Campeão em Roma (derrotou Novak Djokovic na final) e Montreal (venceu Roger Federer no encontro decisivo), o número 5 mundial terá como derradeiro adversário um jogador que bem conhece — e contra o qual, aliás, nunca perdeu: John Isner (3-0).
Se para o tenista “forasteiro” está em jogo o terceiro troféu nestes torneios, para o favorito do público está o primeiro da carreira em Masters 1000. E ele até tem mais finais disputadas (3), mas perdeu-as todas… Contra jogadores do Big Four. Agora, enfrenta um tenista da NextGen — pelos resultados pode já não parecer, mas Zverev é um dos tenistas mais novos do top 100. Será desta que quebra a malapata? É esperar para ver.