Foi em plena madrugada de Portugal que se ficou a conhecer a segunda e última finalista do quadro principal de singulares femininos do prestigiado torneio de Miami. Depois de Sloane Stephens, também Danielle Collins procurava dar uma alegria aos adeptos da casa, mas foi Jelena Ostapenko quem acabou por vencer para garantir uma final entre duas das atuais detentoras de torneios do Grand Slam.
Aos 20 anos, Ostapenko procurava tornar-se na finalista mais jovem do torneio de Miami desde o ano de 2009, quando uma tal de Victoria Azarenka chegou à decisão com apenas 19 anos. E para o conseguir teve de trabalhar muito, porque do outro lado do court encontrou uma Danielle Collins que continuava “endiabrada” e a querer dar (mais) cartas em casa.
Chegada a março, a jogadora norte-americana de 24 anos ocupava a 117.ª posição do ranking, mas o panorama de Collins começou a mudar de forma drástica quando passou para o circuito profissional aquilo que fizera no universitário (onde ganhou tudo): vencer de forma desenfreada. Primeiro em Indian Wells, onde só parou nos oitavos de final, e agora em Miami. Para se perceber melhor o enquadramento desta semana na carreira da norte-americana, talvez o melhor seja olhar para os ganhos: vai sair do Miami Open com um prize–money de 327.965 dólares pela chegada às meias-finais, ela que até ao começo do evento tinha ganho 305.385 dólares… Em toda a carreira.
Dizíamos nós que Danielle Collins vinha a brilhar e parecia não ter ponto de paragem em Miami, até que esbarrou numa parede de nome Jelena Ostapenko, a número 6 mundial que na Flórida está empenhada em completar uma quinzena à imagem daquela que na última edição de Roland Garros fez dela campeã de um torneio do Grand Slam.
Apesar de mais nova, a letã tem muito mais experiência e foi por isso que conseguiu completar a difícil tarefa no limite das duas horas, aproveitando todas as oportunidades que criou no tiebreak do primeiro set para a partir daí ficar com o ascendente de Collins, que só em Miami (onde teve de jogar o qualifying) passara mais de 12 horas em campo e estava a disputar o seu sétimo encontro.
E assim o circuito vai ter a sua primeira final da temporada entre duas campeãs em título de torneios do Grand Slam. De um lado a favorita da casa, Sloane Stephens, que parece ter reencontrado finalmente a forma que em setembro último a levou à glória no US Open, e do outro Jelena Ostapenko, uma das tenistas que tem sido mais regular nos últimos 12 meses.