Quando, há duas semanas, perdeu para João Sousa na segunda ronda do ATP Masters 1000 de Indian Wells, Alexander Zverev foi alvo de bastantes comentários e motivo de preocupação. Mas o alemão, novo apenas em idade, depressa afastou preocupações, garantindo estar tudo bem porque “tenho sempre maus resultados em Indian Wells”.
E não é que tinha razão? Esta sexta-feira, numa sessão noturna que começou com um atraso significativo devido a problemas de iluminação, derrotou Borna Coric por 6-4 e 6-4 para reforçar um “ajuste” de forma que já tinha sido evidente na ronda anterior e avançar às meias-finais do Miami Open, onde é o jogador com mais títulos Masters 1000 entre aqueles que ainda estão em prova.
Ora, Zverev não vinha de um início de torneio fácil: precisou de três sets para derrotar Daniil Medvedev e David Ferrer e só frente a Nick Kyrgios “entrou nos eixos”, batendo o australiano em dois parciais para chegar a este encontro. Já Borna Coric, chegava à madrugada de hoje no melhor momento de forma, reforçado pelas meias-finais em Indian Wells (onde só perdeu em três sets para Roger Federer) e os triunfos perante Jack Sock e Denis Shapovalov, também em três sets.
É por isso que a vitória esclarecedora serve de “grito de presença” a Alexander Zverev, que aos 20 anos volta a mostrar estar mais do que pronto para as grandes ocasiões — só lhe falta encontrar essa mesma forma nos torneios do Grand Slam. E com a presença em mais uma meia-final, coloca-se a duas vitórias de conquistar o seu 3.º título em Masters 1000 (depois de Roma e Montreal 2017, ganhos respetivamente a Novak Djokovic e Roger Federer).
E a partir daqui injusto seria não pensar nele como um dos grandes favoritos, ou não fosse Zverev o jogador com mais títulos em Masters 1000 entre os presentes — até porque além dele só Juan Martin del Potro tem um, conquistado precisamente no último torneio, em Indian Wells. Falando do próximo obstáculo, será o espanhol Pablo Carreño-Busta, que levou a melhor no “blockbuster” emocionante frente a Kevin Anderson para estancar a ferida e chegar às meias-finais de um destes eventos pela segunda vez na carreira (a única anterior havia sido em Indian Wells, no ano passado).
