Nicola Kuhn: desde Nadal não se via um espanhol tão jovem a vencer no tour

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Fotografia: Susan Mullane

Na última terça-feira, em vésperas de se estrear em torneios Masters no Miami Open, Nicola Kuhn festejava a transição para a vida adulta. Dois dias depois do seu aniversário – já nos courts de Key Biscaine -, o jovem oferecia a si mesmo a prenda que mais desejava: usufruindo de um wild card, Kuhn levou de vencida o qualifier Darian King em dois sets para conquistar assim a sua primeira vitória no ATP World Tour.

Uma observação mais atenta sobre a milestone alcançada revela uma dimensão muito maior do que aquela que aparenta. Ora, com 18 anos e dois dias, o prodígio tornou-se no espanhol mais jovem a triunfar no tour desde Rafael Nadal com 17 anos em 2004. Curiosamente, o feito do campeoníssimo ocorreu em solo nacional, no Estoril Open do referido ano, frente a outro “miúdo” de 17 anos – Richard Gasquet.

Naturalmente, esta observação torna-se ainda mais pertinente pelo facto de Espanha dispor de um número bastante alargado de tenistas no circuito, o que por sua vez exige um esforço suplementar aos tenistas “nuestros hermanos” no sentido de se destacarem num contexto de nacionalidade. Adicionalmente, é importante referir que, neste caso específico, tratou-se apenas do segundo jogo disputado por Kuhn ao nível do tour.

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“Despendi o meu tempo nos últimos anos para chegar onde estou agora. As pessoas aqui [no circuito] têm muito mais experiência que eu. Tenho de jogar e aprender quer ganhe quer perca e em última análise aproveitar as oportunidades e dar tudo o que tenho“, refletiu o jogador natural da Áustria, em declarações publicadas no website do ATP World Tour.

No horizonte do 211.º classificado da hierarquia mundial surge agora a segunda ronda do Masters 1000 de Miami, onde terá pela frente o italiano Fabio Fognini (18.º do ranking e 15.º cabeça de série), jogador que dispensa qualquer apresentação. Será indubitavelmente o teste mais difícil do teenager, cujo ponto mais alto da carreira remonta à conquista do torneio Challenger de Braunschweig, em 2017.

“A chave é enfrentar cada torneio e perceber qual é o meu limite. Enfrentá-lo vai ser duro, mas sou capaz de tornar as coisas interessantes“, concluiu, antevendo o duelo marcado para a jornada deste sábado.

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