O futuro é já: Naomi Osaka e Daria Kasatkina discutem título de Indian Wells

Fotografia: BNP Paribas Open

Desengane-se quem ache que o futuro não veio para ficar, pois a última madrugada mostrou precisamente o contrário: Naomi Osaka e Daria Kasatkina somaram vitórias com graus de dificuldade distintos para acederem à final mais importante das suas carreiras no WTA Premier Mandatory de Indian Wells.

Começando pelo primeiro encontro, Osaka teve pela frente a número um mundial, Simona Halep, num encontro que seria, teoricamente, muito complicado. Porém, aquele que se supunha ser um duelo bastante equilibrado e duro para o lado da japonesa tornou-se num autêntico “passeio” para a 44.ª classificada do ranking, que gastou apenas 63 minutos para trucidar por completo a romena com os parciais de 6-3 e 6-0.

A realizar o melhor torneio da sua ainda curta carreira, a jogadora asiática de 20 anos de idade não deu quaisquer hipóteses a Halep, que não conseguiu encontrar antídoto que pudesse travar o ténis entusiasmante e ofensivo da sua mais jovem oponente, num embate sem grande história onde se destaca o facto de Osaka ter salvo 6 de 7 pontos de break e ter estado mais acutilante na quebra de serviço (5 em 7 oportunidades).

Por sua vez, a segunda meia-final teve o que a primeira não teve: emoção e indecisão no marcador de início ao fim. E dizemos isso porque depois de ceder o primeiro parcial, Kasatkina não se deu por vencida e foi buscar forças onde provavelmente não esperava encontrar para operar uma extraordinária reviravolta frente a Venus Williams, concluída através dos parciais de 4-6, 6-4 e 7-5.

Tal como no encontro anterior entre Osaka e Halep, também o favoritismo pouco importou já que Venus e Kasatkina bateram-se de igual para igual no court e a prova disso foi o facto de ambas terem resistido durante duas horas e 48 minutos, bem como o marcador de cada set.

No final, porém, a russa de 20 anos, número 19 mundial, acabou por ser mais forte nos pequenos pormenores em comparação com a veterana norte-americana de 37 anos, oitava colocada da tabela individual, arrecadando um triunfo “a ferros” mas decerto saboroso que a coloca já na sua segunda final do ano (já havia sido vice-campeã no WTA Premier do Dubai).

Agora, é altura de descansar para Osaka e Kasatkina, duas contemporâneas e duas das principais (senão mesmo as principais) esperanças do ténis mundial num breve futuro, antes de se focarem na grande final de domingo (que representa, simultaneamente, o primeiro encontro entre ambas no circuito) e naquele que será, para uma delas, o maior título de uma carreira que ainda agora está a começar para qualquer uma das protagonistas (no caso de Osaka, será mesmo a estreia na galeria de campeãs a nível WTA).

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