Naomi Osaka não quer ser “a primeira desde”, mas sim a primeira de sempre

Naomi Osaka 2
A vontade de fazer história já é muito mais do que isso — é uma realidade

Tem 20 anos, um ténis capaz de deixar pelo caminho praticamente qualquer jogadora e uma vontade enorme de ser bem sucedida. Falamos de Naomi Osaka, a tenista japonesa (44.ª no ranking) que ao longo dos últimos meses tem encantado um pouco pelos quatro cantos do globo e merecido cada vez mais atenção quer do mundo, quer da nossa parte.

E esta quinta-feira volta a consegui-lo, ou não tivesse ela derrotado mais uma jogadora de renome para chegar, leia-se bem, às meias-finais do Premier Mandatory de Indian Wells. Naquele que é um dos torneios mais importantes — senão mesmo o torneio mais importante — a seguir aos Grand Slams, onde também já brilhou, Naomi Osaka está a construir uma caminhada capaz de fazer, por si só, competição ao currículo de muitos atletas.

Senão vejamos: na primeira ronda, derrotou Maria Sharapova. Depois, Agnieszka Radwanska, Sachia Vickery e ainda Maria Sakkari (outra grande promessa desta nova “fornada”). Até que na jornada desta quinta-feira, em pleno prime time, voltou a encantar, batendo a checa Karolina Pliskova por esclarecedores 6-2 e 6-3 para somar a primeira vitória do ano sobre uma top 5 mundial.

Ao seu feito especial (muito tímida, com um sentido de humor que só ela possui e uma enorme vontade de comunicar) junta-se cada vez mais um ténis que começa a fazer dela uma das melhores tenistas do mundo. Por isso, não é de estranhar que Naomi Osaka queira cada vez mais. E não só quer cada vez mais como quer entrar para a história — não por ser “a primeira desde…” a alcançar um feito, mas por ser “a primeira de sempre” a conseguir algo.

Porque tem potencial para isso e esta semana em Indian Wells é mais uma prova disso mesmo: ao somar cinco vitórias no deserto californiano, tornou-se na primeira tenista japonesa da história a chegar às meias-finais de um Premier Mandatory (os torneios mais importantes a seguir aos Grand Slams, equivalentes aos Masters 1000 do circuito masculino).

Foi já na conferência de imprensa que se seguiu a mais um triunfo que Osaka expressou essa vontade, deixando ainda um “aviso” (numa mistura de boa disposição e desafio) ao compatriota e seu bom amigo Nishikori: “Vou atrás de ti, Kei!”

O próximo desafio? Simona Halep, a líder do ranking mundial contra a qual Naomi Osaka ainda não sabe o que é vencer mas ofereceu sempre muita resistência (levou-a a terceiro set em Roland Garros 2016 e Miami 2017).

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