Num dos duelos mais equilibrados e mais entusiasmantes do ponto de vista do público português que os aguarda na edição deste ano do Millennium Estoril Open, Kevin Anderson recuperou de uma desvantagem de um set a zero para afastar Pablo Carreño Busta e seguir para os quartos de final do Masters 1000 de Indian Wells.
O espanhol, claro está, mostrou-se desapontado em conferência de imprensa com o desaire sofrido na última noite e teceu mesmo algumas palavras mais duras para com o sul-africano.
“Tem um serviço muito bom e isso faz muita diferença quer queiramos ou não. Se lhe tirássemos o serviço, creio que ganharia de forma bastante fácil mas o ténis também se joga com o serviço, pelo que não me resta mais nada a não ser continuar a melhorar outros aspetos. Ainda assim, é muito frustrante para mim cada vez que o defronto”, começou por frisar o campeão em título do maior torneio de ténis sediado em solo nacional.
O serviço fez de tal forma a diferença que nem as diferentes abordagens quanto à resposta foram úteis para que o atual número 14 mundial pudesse causar mossa na maior parte dos jogos de serviço de Anderson.
“Quando ia mais para trás na resposta ao primeiro serviço, ele parecia um robot e não havia maneira de conseguir responder aos seus ‘canhões’. É verdadeiramente muito frustrante quando vês que os jogos vão passando e ele não baixa o seu nível e intensidade no serviço. Tens uma pressão extra sobre ti, já que sabes que caso falhes será muito complicado recuperares”, apontou Carreño Busta.
Apesar de tudo, o tenista natural de Gijón revela estar satisfeito com o ténis apresentado em Indian Wells. “No terceiro set recuperei o meu melhor nível, algo que me estava a faltar neste último mês, no qual não pude exibir o meu melhor ténis, e isso é muito positivo para os torneios que aí vêm”, terminou.