Se tem acompanhado com alguma atenção a vertente feminina do torneio de Indian Wells, decerto deparou-se com a presença de um nome pouco conhecido da maior parte do público nos oitavos de final. Falamos de Danielle Collins, que ganhou um wild card para disputar o quadro principal e já somou três vitórias consecutivas no deserto californiano, a mais recente na jornada de ontem sobre Sofya Zhuk num duelo de convidadas (6-4 e 6-4).
Atual 117.ª classificada do ranking individual, Collins teve de merecer o wild card que lhe foi atribuído uma vez que só o conquistou graças a campanhas muito positivas no WTA 125k Oracle Challenger Series (uma espécie de circuito que visa premiar as tenistas mais consistentes ao longo dessa série), destacando-se o título no torneio de Newport Beach, em janeiro (batendo, precisamente, Zhuk na final) e a presença nos quartos de final no WTA 125k de Indian Wells no passado dia 2.
Já no WTA Premier Mandatory de Indian Wells, a jogadora natural de São Petersburgo, Flórida, começou por recuperar de uma desvantagem de um set a zero para eliminar a qualifier e sua compatriota Taylor Townsend por 2-6, 6-4 e 6-3 antes de surpreender Madison Keys, número 15 mundial, em apenas duas partidas (6-3 e 7-6[1]).
Depois, seguiu-se o tal triunfo frente a Sofya Zhuk que a coloca nos oitavos de final e que lhe dá, desde já, o melhor resultado da sua (curta) carreira no circuito WTA e logo num dos mais importantes torneios do mundo tenístico, para muitos considerado o “5.º Grand Slam“.
Formada na Universidade da Virgínia, Danielle Collins tem 24 anos de idade e é uma antiga bicampeã universitária, tendo feito a sua estreia em quadros principais de provas do principal escalão do ténis feminino no US Open 2014, onde, de resto, começou por se apresentar ao mundo. No Major norte-americano, foi eliminada logo na ronda inaugural mas não sem antes ter dado boas indicações para o futuro e, inclusivamente, ter “roubado” um set a Simona Halep.
Desde então, Collins foi alternando entre a disputa de torneios e a sua formação profissional, que viria a ser completada em 2016 com uma licenciatura em estudos relacionados com os media. A partir daí, tem estado a lutar no circuito ITF e o ano passado foi o primeiro que jogou por completo e que lhe permitiu entrar no top 200, terminando a temporada no 167.º posto.
Já esta época, a atleta norte-americana entrou a todo o gás e surge em Indian Wells no 117.º lugar fruto das boas prestações nos eventos acima referidos, sendo que depois desta magnífica participação já tem garantida a estreia absoluta no top 100 (encontra-se virtualmente na 93.ª posição).
Agora, e como “o céu é o limite”, Danielle Collins pretende ir ainda mais longe e, para isso, terá que ultrapassar a sempre difícil espanhola Carla Suárez Navarro, 27.ª cabeça de série e responsável pelo afastamento da quarta favorita, Elina Svitolina (7-5 e 6-3), por uma vaga nos quartos de final da prova californiana.