“Sem expetativas”, ex-campeão Djokovic despediu-se de Indian Wells no encontro de estreia

Novak Djokovic
Exibição manchada pelas várias dezenas de erros não forçados / Fotografia: BNP Paribas Open 2018

Não foi um regresso bonito, mas Novak Djokovic prefere olhar para a jornada deste domingo como um aspeto positivo na mais recente fase da sua carreira: afinal, como o próprio salientou em conferência de imprensa, vem de uma intervenção cirúrgica que aconteceu há menos de um mês e meio.

A jogar no deserto californiano o segundo torneio deste regresso à competição, o ex-número 1 mundial e atual 13.º até entrou bem, mas acabou por ser surpreendido pelo japonês Taro Daniel (finalista da primeira edição do Challenger de Lisboa, em junho de 2017), que recuperou para somar a melhor vitória da carreira.

Com um começo de sentido único, Djokovic — um pentacampeão em Indian Wells – chegou rapidamente à vantagem de 5-2 e no jogo seguinte teve mesmo um ponto para fechar o set. Mas o nível de rendimento do sérvio baixou de forma flagrante e, em sentido contrário, o do nipónico subiu, de tal forma que aquele que parecia um relativo passeio se transformou num tiebreak ganho pelo menos cotado dos dois.

Porque não é homem de desistir, o ex-número 1 mundial ainda conseguiu igualar o marcador e dar esperanças aos milhares de espetadores que se instalaram no palco central do torneio norte-americano, só que desde o momento em que cheirou a vitória Taro Daniel não mais a quis largar e cortou a recuperação pela raiz logo no início do terceiro set.

O triunfo, que o 109.º do ranking assina pelos parciais de 7-6(3), 4-6 e 6-1 em 2h32, não é animador para os lados de Novak Djokovic. Sobretudo porque da raquete do sérvio “voaram” mais de 60 erros não forçados. Mas, já à conversa com a imprensa, o herói de Belgrado prefere encarar a atual situação de forma positiva. Afinal, como o próprio destacou, “nem era suposto eu estar aqui por causa da cirurgia que tive há cinco ou seis semanas. Mas recuperei bem e rápido por isso quis tentar. Não tinha quaisquer expetativas.”

Aos 30 anos, este é um novo e inédito período na carreira daquele que tem sido um dos jogadores em maior destaque na última década, pelo que só o tempo dirá como reage e recupera Novak Djokovic. Para já, há que apontar à próxima paragem: o Masters 1000 de Miami, onde venceu em 2007, 2011, 2012, 2014, 2015 e 2016.

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