Brilhou em janeiro, parou em fevereiro e voltou decidido a fazer o mesmo em março: Alex de Minaur, o jovem de que mais se falou nas primeiras semanas do ano, estreou-se com uma vitória no Masters 1000 de Indian Wells, mas para isso teve de trabalhar muito — mesmo muito.
Já com 19 anos, o jovem natural de Sydney disputou o seu primeiro encontro desde a derrota no tiebreak do quinto set para Alexander Zverev na Taça Davis, há quase um mês e meio. E fê-lo como se não tivesse sequer parado, ao recuperar para salvar um match point e dar a volta ao também alemão Jan-Lennard Struff (56.º) com os parciais de 3-6, 7-6(3), e 7-6(5).
Foi um encontro emocionante, disputado em simultâneo com aquele que, num outro palco, via Félix Auger-Aliassime tornar-se no primeiro jogador do ano de 2000 a vencer em torneios da categoria. Mais um sinal de que a juventude está, cada vez mais, presente e cheia de vontade de brilhar o quanto antes. Alex de Minaur que o diga, ou não tivesse ele conseguido a melhor estreia possível em torneios Masters 1000 para somar a 8.ª vitória do ano (já tinha sido semi-finalista em Brisbane e finalista em Sydney).
“Depois de cada ponto é preciso agrupares tudo. Quer corra bem, quer corra mal, não podes ficar agarrado ao passado. Tens de seguir em frente e quanto mais rápido o conseguires fazer, mais rapidamente estarás de volta ao sítio em que queres ténis. E isso é jogar ténis e jogar bom ténis. É nisso que penso sempre que vou para o court — deixar tudo lá, em cada ponto. Não interessa como estou a jogar ou o que acontece, tenho de dar 150% em campo”, disse o jovem australiano já em conferência de imprensa.
E será isso mesmo que Alex de Minaur terá de fazer na segunda ronda, ou não fosse o seu próximo adversário o argentino Juan Martin del Potro, que vem do título em Acapulco (o mais importante desde 2013) e esta semana subiu ao 8.º posto do ranking ATP.
