Em pleno Dia Internacional da Mulher, a organização do BNP Paribas Open apostou em dois jogos femininos para a sessão noturna — uma escolha pouco vista pelo circuito fora… — e o resultado não poderia ter sido melhor: é que assim, foi em pleno palco central do Indian Wells Tennis Garden que as “mamãs” Serena Williams e Victoria Azarenka voltaram ao circuito.
Considerado por muitos como o regresso mais aguardado dos últimos anos, a tenista da casa preparava-se para disputar o seu primeiro encontro de singulares desde a vitória no Australian Open, em janeiro de 2017. Desde aí, muito se passou: Serena Williams foi mãe, esteve às portas da morte e perdeu a classificação, dado ter estado mais de 12 meses sem competir.
Por tudo isto e muito mais, o regresso da ex-número 1 mundial aos courts era o acontecimento do dia — e talvez mesmo do torneio. Pois bem, não só aconteceu realmente como foi carimbado com uma vitória: 7-5 e 6-3 foram os parciais que lhe permitiram derrotar a número 53 mundial, Zarina Diyas, em 93 minutos de encontro.
Sem enfrentar qualquer ponto de break durante o primeiro parcial, Serena encontrou na segunda partida maior instabilidade no marcador. Diyas quis ter uma palavra a dizer e encarregou-se de não deixar a tenista da casa fugir no marcador logo nos instantes inaugurais, devolvendo a quebra do serviço de Williams por duas vezes até que a grande favorita conseguiu ter espaço para vencer três jogos consecutivos e somar a sua primeira vitória em 14 meses.
[twitter_video id=”971984623134625794″]Mas a noite em Indian Wells não se fazia só de Serena Williams. No segundo e último encontro da sessão noturna, chegava a vez da também “mamã” Victoria Azarenka regressar à competição. Não pela primeira vez desde que deu as boas vindas ao seu pequeno Leo, mas pela primeira vez desde Wimbledon e do momento em que entrou numa disputa pela custódia do filho.
Impedida de sair da Califórnia, a bielorrussa tinha, em Indian Wells, um novo refúgio. Pelo menos durante o encontro, a batalha era outra, e que bem se deu ela. Atualmente no 204.º posto do ranking feminino, a campeã do torneio em 2016 e 2012 (também venceu em 2009 na variante de pares) enfrentou e venceu Heather Watson, precisamente a jogadora contra quem somara a sua última vitória.
O duelo prolongou-se por 1h43, mas “só” porque já perto do final as duas se envolveram num jogo que demorou 18 minutos e 12 “deuces” a ser resolvido. No cômputo geral, foi Victoria Azarenka quem foi mais sólida. O segredo esteve aí mesmo: se o número de winners foi parecido (12 para a bielorrussa, 16 para a britânica), no capítulo dos erros não forçados Watson deixou a desejar (chegou aos 38) e assim viu o encontro fugir-lhe. Quanto ao resultado, parciais de 64 e 6-2 para Azarenka.
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