Não fosse a parte psicológica, que muitas vezes ao longo da sua carreira não acompanhou o talento natural que tem, e provavelmente Fabio Fognini já teria alcançado o top 10 mundial. Aos 30 anos, o experiente tenista italiano parece mais maduro de ideias e o nascimento do seu primeiro filho, em maio do ano passado, em muito tem contribuído para tal, como o próprio já afirmou em algumas ocasiões.
Este domingo, em São Paulo, Fognini despediu-se de solo brasileiro com a bagagem mais pesada fruto do troféu conquistado no Brasil Open, que é o seu sexto da carreira (todos em terra batida), naquela que, ao que tudo indica, terá sido a sua última aparição em solo brasileiro.
Contudo, o tempo agora é de celebração. “É um ótimo começo de temporada e muito idêntico ao de 2014. Trabalhei duro na pré-época e é bom agora estar a jogar bem. Vou continuar nesta linha de trabalho tendo em vista a preparação dos torneios de Indian Wells e Miami”, destacou, citado pelo website do ATP World Tour, depois de derrotar Nicolás Jarry (1-6, 6-1 e 6-4).
“Eu acho que ele começou bem, muito forte, num encontro onde não tinha nada a perder. Mesmo depois de eu ter perdido facilmente a primeira partida, continuei a lutar e isso é o mais importante para mim, pois tratava-se de uma final”, comentou o italiano.
Fognini salientou a importância de Jarry ter ficado mais permeável nos seus jogos de serviço como um dos pontos-chave para a vitória. “Esperei que o serviço, que é a sua maior arma, começasse a ceder. Depois disso, tornei-me mais agressivo e continuei a lutar. Estou feliz porque joguei a um bom nível e sei o quão difícil é ganhar um título. As finais que já perdi são mais que aquelas que já ganhei e então tenho de aproveitar”, afirmou.