Dificilmente Juan Martín del Potro poderia pedir melhor semana em termos de resultados e nível de jogo: a “Torre de Tandil” exibiu-se de forma quase irrepreensível ao longo da semana para triunfar na última madrugada na grande final do Abierto Mexicano de Tenis e arrecadar assim o título do ATP 500 mexicano.
A realizar até Acapulco um início de ano algo modesto (isto apesar de já sido finalista vencido em Auckland), del Potro chegou a Acapulco e transcendeu-se de tal forma que cedeu apenas um parcial em toda a prova (na segunda ronda, diante de David Ferrer) e derrotou três top-10 mundiais consecutivamente em sets diretos, o último Kevin Anderson (8.º), por 6-4 e 6-4, rumo ao primeiro título da época.
Se de um lado Anderson surgia extremamente motivado pelo facto de em quatro torneios disputados ter atingido já três decisões (vice-campeão em Pune e campeão em Nova Iorque) e estar “sentado” no seu melhor ranking de carreira, por outro lado o sul-americano parecia estar “numa missão” e desde cedo “mostrou ao que vinha”, estando determinado em somar a sua sétima vitória em tantos encontros contra o sul-africano.
Num encontro em que a lógica dos serviços imperou e onde, mais do que nunca, as oportunidades eram raras e era crucial aproveitá-las, Juan Martín del Potro acabou por ser mais forte do que o seu adversário nesse aspeto ao não conceder qualquer ponto de break e aproveitar as poucas chances que teve para conseguir uma preciosa quebra de serviço em cada set e chegar assim ao triunfo no final.
Para o campeão do US Open 2009, este é então o seu primeiro título desde outubro passado quando revalidou o título no ATP 250 de Estocolomo e o 21.º da carreira, sendo o primeiro torneio de categoria ATP 500 que conquista em mais de quatro anos (o último havia sido em Basileia, em 2013). Além disso, del Potro irá subir ao oitavo lugar da hierarquia, trocando de posição com Kevin Anderson.
