Francisca Jorge jogou esta quinta-feira o seu segundo encontro de singulares na Fed Cup. E a vimaranense fê-lo da melhor forma possível, ao somar a sua primeira vitória para colocar Portugal na frente do duelo com a Estónia. Mais tarde, a seleção lusa acabou por não conseguir ficar com o tão desejado ponto, mas para a tenista vimaranense não deixou de ser um dia especial.
Em declarações ao RAQUETC, Francisca Jorge falou do momento: “Fazer parte da equipa já é algo especial e ter o previlégio de jogar o [encontro] individual pela equipa, mas especialmente por mim, foi algo memorável e ter ganho tornou o momento muito mais gratificante e deu-nos vantagem no marcador.”
Sobre o duelo, em que enfrentou a ainda mais jovem Katriin Saar, de apenas 15 anos, a jogadora portuguesa diz ter estado “muito bem o jogo todo, tranquila e confiante. Ela era boa jogadora mas penso que ainda um bocado inexperiente neste nível, mostrando-se muito nervosa. No final, claramente assumi um bocado a pressão e baixei um pouco a guarda, sendo que ela estava a começar a ganhar confiança. Consegui acalmar-me a tempo e sair vitoriosa, foi um jogo de muitos nervos e ansiedade mas valeu tudo a pena.”
Pouco depois, Francisca Jorge esteve perto de conseguir mais uma vitória: a vimaranense uniu forças com Maria João Koehler e as duas lideraram por um break em cada um dos parciais, antes de cederem para Anett Kontaveit e Saara Orav num duelo que “empurrou” a equipa lusa para o play-off de relegação.
Sobre essa batalha, Francisca diz que “para uma segunda vez a jogar com a Maria João estivemos muito bem e era um jogo de extrema importância no qual demos 100% mas mesmo assim não foi suficiente. Elas foram corajosas e determinadas nos pontos decisivos, tendo sido recompensadas por isso. Mereceram mais do que nós por isso saíram vitoriosas.”
Com duas derrotas nos dois confrontos da Pool B do Grupo 1 da Fed Cup, Portugal terá de disputar o play-off de relegação, onde só uma vitória garante a manutenção. Nas palavras da jovem tenista portuguesa, a segunda mais nova entre as que Neuza Silva chamou a Tallinn (a mais nova é Maria Inês Fonte, que celebrou recentemente o 16.º aniversário), “o objetivo mantém-se claro e a nossa equipa está preparada para a luta. Estes dois dias de jogos ensinaram-me muito e definitivamente vão ajudar para ultrapassarmos este play-off.”